O ator Bruno Gagliasso revelou, em uma entrevista ao podcast 'Sem Censura', apresentado por Cissa Guimarães, que tinha atitudes racistas antes de adotar os filhos Titi e Bless, nascidos em Malawi, na África. Ele e a esposa Giovana Ewbank também são pais de Zyan, o herdeiro biológico.
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"Aprendi vivendo. Eu era racista, né? A gente cresceu numa sociedade racista, que fez a gente se tornar racista. Então, acho que é um processo que todo mundo tem que fazer. Primeiro, você tem que se reconhecer como. E aí, ir trabalhando e aprendendo. E não buscar e não esperar que queiram ensinar a gente, pô", confessou Bruno.
O ator explicou que adotar filhos negros em uma sociedade marcada pelo racismo foi importante para que se atentasse à luta pela igualdade racial. "Foi ali. E fico muito feliz; ao mesmo tempo muito feliz de ter aprendido com a paternidade, e ao mesmo tempo muito triste de só ter que aprender só na paternidade. É na alma. Na pele nunca vou viver, mas na alma, eu vou, porque não existe amor maior do que dos meus filhos", afirmou.
Por fim, Gagliasso explicou como lida com as críticas por ter adotado crianças do continente africano. "Eu ignoro. Você tem duas opções: ou você recebe amor ou você perde seu tempo prestando atenção em 'hater'. Lembro que na época não foi nem sobre adoção de duas crianças pretas [as críticas], foi adoção de duas crianças africanas. Desde quando amor tem CEP? Essa foi minha resposta. Não fui à África para adotar. Aconteceu da gente estar lá e o amor bater", relembrou.