O jornalista Pedro Lins compartilhou nas redes sociais que foi vítima de racismo em uma loja do Shopping Recife, na zona sul, na última quarta-feira (4). O apresentador do NE1, da TV Globo, desabafou que foi perguntado por uma vendedora se ele era entregador por aplicativo.
Pedro Lins contou que o episódio aconteceu quando ele havia entrado em uma loja para comprar um presente para uma amiga. "A vendedora olhou pra mim e falou assim 'ah, você é entregador do Rappi [aplicativo de entrega]?'. Aí, eu falei 'não, eu vim aqui comprar, mas se o pagamento for bom quem sabe eu não faço esse extra'. Bom, é isso", contou.
Após o caso viralizar nas redes sociais, o apresentador afirmou ao G1 que não há problema em ser confundido com um entregador por aplicativo, mas disse que a comparação faz parte de uma situação de racismo estrutural.
"Você se sente constrangido. É como se você não tivesse condições de estar ali. Não tem nenhum problema em você ser entregador, a grande questão nisso é você ser colocado em uma condição de subalternidade", declarou o jornalista.
Apesar de expor o caso, o apresentador optou por não revelar o nome da loja onde foi vítima de racismo, mas disse que comunicou ao shopping e que espera que os vendedores passem por treinamentos para que isso não volte a acontecer.
A TV Globo se manifestou sobre o caso e afirmou, por meio de nota, que repudia o racismo em todas as suas formas e manifestações. Além disso, a empresa afirmou que tem um firme compromisso com a diversidade e a inclusão.
Já o Shopping Recife lamentou o ocorrido, disse que esse tipo de conduta não condiz com os valores que defende e reafirmou seu compromisso de receber os clientes com respeito e igualdade.
O que é racismo estrutural
Racismo estrutural é o termo usado para reforçar que existem sociedades estruturadas com base na discriminação que privilegia algumas raças em detrimento das outras. No Brasil, nos outros países americanos e nos europeus, essa distinção favorece os brancos e desfavorece negros e indígenas.
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