"Inesquecível" é a palavra que melhor descreve o show de Danrlei Orrico, conhecido como O Kannalha, no primeiro dia do Afropunk Bahia 2023, na madrugada deste domingo (19), no Parque de Exposições, em Salvador. O artista do pagodão baiano encerrou o festival aos prantos, sem acreditar que estava se apresentando para milhares de pessoas no maior e mais importante festival de cultura negra do mundo.
Artistas pretos sendo homenageados
O Kannalha fez baianos e turistas balançar ao som de grandes sucessos de sua carreira, como "Fraquinha", "Traficante Dos Desejos", "Bandida" e "Final de Semana na Favela". Além do pagodão, o artista homenageou grandes artistas pretos da Bahia, como Edson Gomes, Margareth Menezes e a banda Olodum.
Incrédulo e aos prantos
Num momento muito emocionante, O Kannalha não conseguiu conter as lágrimas ao ver a multidão cantando junto com ele. Enquanto cantava a música "Árvore" de Edson Gomes, ele se sentou à beira do palco, olhando incrédulo para o público. Parecia estar fazendo uma reflexão sobre sua carreira e percebendo o quanto tinha alcançado, e isso o levou às lágrimas. Além disso, o cantor ergueu os braços várias vezes em agradecimento por tudo o que estava acontecendo.
Horando quem o criou
Outro momento especial do show aconteceu quando O Kannalha chamou duas mulheres que o criaram, que ele carinhosamente chama de suas mães. Elas estavam vestidas como mães de santo e foram para o centro do palco. Com colares de contas no pescoço, ele falou sobre fé ao cantar para elas a música "Noite de Santo Antônio". Ao encerrar, o artista afirmou para o público que essas mulheres são seus grandes exemplos de resistência e empoderamento.
"Se estamos falando de resistência, essas duas pessoas no palco representam resistência", afirmou Danrlei Orrico, encerrando sua apresentação cantando "Banho de Chuva" de Vanessa da Mata e "Fraquinha", o maior hit de sua carreira.
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