
A cantora Angela Maria Diniz Gonçalves, mais conhecida como Angela Ro Ro, morreu nesta segunda-feira (8), aos 75 anos. Desde 17 de junho, ela estava internada na UTI do Hospital Silvestre, no Cosme Velho, no Rio de Janeiro, após desenvolver uma infecção pulmonar.
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Antes mesmo de ir ao hospital, Angela havia recorrido às redes sociais para pedir ajuda financeira, afirmando que estava passando por um problema de saúde. “Sem perspectiva de alta ou cura para trabalhar, humildemente peço ajuda a vocês”, escreveu na ocasião.
Durante o tratamento, a artista precisou passar por uma traqueostomia e iniciou fisioterapia vocal para recuperação da voz.
Carreira
Angela se destacou na música brasileira desde os bares do Rio de Janeiro, onde começou sua trajetória, até o período em Londres, em 1971, quando trabalhou como garçonete e faxineira.
Na década de 1970, iniciou a carreira musical após uma viagem à Itália, onde conheceu o cineasta Glauber Rocha. Por indicação dele, participou do álbum Transa, de Caetano Veloso, lançado em 1971.
De volta ao Brasil em 1974, Angela estreou com o álbum Angela Ro Ro em 1979, alcançando sucesso com canções como Amor, Meu Grande Amor e Tola Foi Você.
Além da música, foi uma das primeiras artistas a se posicionar pelo movimento LGBTQIA+, denunciando a lesbofobia e se tornando referência na luta por direitos. No início dos anos 1980, viveu um relacionamento com Zizi Possi que terminou em polêmica, resultando no álbum Escândalo (1981).

A cantora também falava abertamente sobre sua situação financeira. Durante a pandemia, chegou a pedir doações de fãs via Pix, vivendo com cerca de R$ 800 por mês, segundo seu advogado Carlos Eduardo Campista de Lyrio, valor proveniente dos direitos autorais de suas músicas.