O Afropunk surge como uma rara oportunidade para os baianos curtirem apresentações de artistas que geralmente estão ausentes na programação dos eventos tradicionais, públicos e privados de Salvador. Neste sábado (18), as primeiras horas do festival foram marcadas pelos shows de grandes cantores da comunidade negra, como Gaby Amarantos e Majur, que levaram o público à loucura ao cantar grandes hits.
Em entrevista ao portal MASSA!, Pedro Gomes, de 24 anos, refletiu sobre a oportunidade de ver de pertinho artistas que não fazem parte do cotidiano da cidade.
"Para mim, é algo emotivo, pois ver pessoas pretas em um lugar onde hoje em dia podem estar, onde querem estar, e poder apreciar artistas negros no palco, que nem sempre temos a oportunidade de ver, é um privilégio para nós, de certa forma. Isso não acontece todos os dias, especialmente em Salvador, uma das capitais com maior presença negra, afirmou o publicitário.
Em seguida, a professora de história Tamires Teles, 25 anos, afirmou que se sente representada e empoderada ao ver tantos artistas negros sendo valorizados na Bahia.
“Eu acho incrível e eu me sinto representada, não só no cenário visual, mas musical também, porque os artistas pretos merecem toda essa representatividade, todo esse empoderamento e essa visibilidade do evento também. E para além do evento, também é uma mídia de expressão dos corpos negros”, finalizou elogiando os artistas que passaram no palco do Afropunk.