O fim do mundo é um tema que costuma assustar qualquer um. De acordo com a Bíblia, responsável por uma das previsões mais conhecidas sobre o armagedom, um dos sinais que marca o início do fim dos tempos é a vinda do Anticristo. Essa figura mitológica é cercada de mistérios, sendo o foco central da franquia A Profecia. Hoje, chega aos cinemas mais um capítulo da saga com o lançamento de A Primeira Profecia.
Filmes de terror normalmente obedecem ao clichê de falar sobre algum demônio que está ameaçando o mundo. Porém, alguns tentam seguir um caminho diferente e abordam a história de outra figura bíblica: o Anticristo. Representando um falso profeta que enganará a humanidade, o personagem é aquele que vai trazer a escuridão ao mundo antes da segunda vinda de Jesus Cristo.
Um dos primeiros a abordar essa ideia foi A Profecia (1976). Baseado no livro de mesmo nome, o longa se tornou um clássico do terror. Elogiado pela sua ideia original, o sucesso acabou lhe rendendo duas sequências. A nova produção aborda os acontecimentos anteriores ao filme de 76, mostrando como foi o plano para o nascimento de Damien Thorn, o filho do diabo.
A nova obra consegue apresentar novas camadas de complexidade ao universo da trilogia original. A começar pelo processo de gestação do anticristo. A trama mostra em detalhes o quão doentio foi toda a operação, cena que gera choque, mas esclarece algumas questões dos filmes anteriores. Além disso, existe toda uma explicação para a conspiração envolvendo a igreja.
Diante um mundo com cada vez menos vontade de seguir dogmas, a alternativa da igreja foi criar um problema que apenas eles pudessem resolver.
Ambientada na Roma da década de 70, a sequel consegue representar bem o crescimento da rebeldia na sociedade atual. Apesar disso, ele desliza bonito em algumas questões básicas. Uma delas é o uso de seus personagens. O enredo só lembra de dar destaque para alguns personagens importantes no final, o que faz com que eles fiquem “perdidos” no meio da história.
A Primeira Profecia é uma boa porta de entrada para quem não conhecia a saga original. Apesar de deixar a desejar em alguns critérios, a história consegue ser cativante o suficiente para despertar interesse sobre o que vai vir pela frente.
*Sob a supervisão do editor Jefferson Domingos
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