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Sucesso! - 25/05/2023, 07:00 - Artur Soares*

A Pequena Sereia supera o racismo

Após críticas por protagonista negra, longa se mostra um dos melhores da Disney

Após críticas por protagonista negra, longa se mostra um dos melhores da Disney
Após críticas por protagonista negra, longa se mostra um dos melhores da Disney |  Foto: Disney Enterprises / Divulgação

Em 1985, com o fracasso em bilheteria do filme O Caldeirão Mágico, a Disney se viu encurralada. A empresa estava quase sem esperanças diante do prejuízo sofrido. Foi então que em 1989 lançou A Pequena Sereia, animação responsável por salvar o estúdio da falência. Hoje, o filme ganha uma nova versão interpretada por atores reais, com a chegada de A Pequena Sereia nos cinemas.

Logo quando foi anunciada como protagonista, a atriz negra Halle Bailey foi vítima de diversos ataques racistas por interpretar a personagem Ariel, que originalmente é branca. Apesar das críticas, a atriz consegue mostrar o porquê foi escolhida para o papel. Com a voz de uma verdadeira sereia, Halle entrega uma linda performance durante as sequências musicais.

O príncipe Eric (Jonah Hauer-King), interesse amoroso da protagonista, agora compartilha mais semelhanças com Ariel. No filme de 89, a relação do casal é um tanto quanto apressada. Agora, o príncipe tem um espírito aventureiro e enfrenta as represálias de sua mãe, lembrando o dilema enfrentado pela protagonista e fazendo com que o romance dos dois seja algo melhor trabalhado.Um dos aspectos mais criticados nessa nova leva de live-actions da Disney é a falta de expressão nos animais falantes. Esse é um problema que foi suavizado aqui, embora ele ainda exista. Por ter uma maior participação que os outros animais, Sebastião é o com melhores expressões. Em contrapartida, seus companheiros Sabidão e Linguado não ganham o mesmo cuidado e nem tempo de tela.

A vilã Ursula (Melissa McCarthy) continua icônica como sempre, sendo tão carismática quanto sua versão antiga. Por ter poucas mudanças se comparada à sua antiga versão, ela também sofre do mesmo problema que sua encarnação anterior: o pouco tempo de tela. A personagem merecia aparecer mais e o confronto final contra ela deveria ser melhor desenvolvido.

A Pequena Sereia é um dos melhores live-actions da Disney, embora isso não seja difícil. A produção continua persistindo em animais extremamente realistas, entrega novas canções que são esquecíveis e apresenta algumas mudanças desnecessárias. Apesar disso, contém algumas boas adições e releituras pertinentes, sendo o primeiro passo para a empresa começar a entregar filmes melhores.

Treinamento embaixo d’água

Por ser um filme sobre uma sereia, o primeiro ato do acontece completamente embaixo d’água. Para as gravações dessa cena, Halle Bailey teve que passar por um verdadeiro treinamento de como se tornar uma sereia. A atriz foi acompanhada por nadadoras de nado sincronizado. “Elas são grandes treinadoras e mulheres poderosas. Me levaram aos estágios iniciais de como parecer uma sereia na água e a graciosidade necessária para isso”, revelou em entrevista ao The Wrap.

E não foi apenas Halle que entrou na rotina de sereia. No longa, Ariel tem 6 irmãs: Mala, Caspia, Karina, Perla, Tamek e Indira. Todas tiveram que passar pelo treinamento, que além do nado, também consistia em ficar suspensa no ar por algumas horas e aprender a segurar o fôlego. “É a melhor experiência de todas! Recomendo a todos”, contou Karolina Conchet, intérprete de Mala, ao Metro.co.uk.

*Sob a supervisão do editor Jefferson Domingos

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