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Crítica - 27/10/2023, 21:43 - Artur Soares*

'A Menina que Matou os Pais' fecha trilogia em bom clima investigativo

Com boa atuação de Carla Diaz no papel de Suzane, novo longa traz desfecho do caso Richthofen

Carla Diaz e Leonardo Bittencourt vivem o papel de Suzane von Richthofen e Daniel Cravinhos, respectivamente
Carla Diaz e Leonardo Bittencourt vivem o papel de Suzane von Richthofen e Daniel Cravinhos, respectivamente |  Foto: Divulgação

A trilogia de filmes que conta a história do crime de Suzane von Richthofen ganhou sua terceira e última parte após dois anos do lançamento dos dois primeiros. Recheada de polêmicas, a produção nesta sexta-feira (27) na plataforma de streaming Amazon Prime Video. A Menina que Matou os Pais - A Confissão mostra os bastidores por trás da investigação do caso macabro que chocou o país.

Na trama, acompanhamos Suzane, seu namorado, Daniel Cravinhos, e seu cunhado, Cristian Cravinhos, momentos depois de terem cometido o assassinato do casal Marisia e Manfred von Richthofen. Além disso, a produção também detalha os erros que levaram à prisão dos culpados. O filme consegue conduzir bem o clima investigativo, de modo que o público fique realmente ansioso pelo momento da tão aguardada confissão.

Um dos principais defeitos de obras que contam casos criminais é a humanização do criminoso. Isso não acontece com a jovem loira. Com uma grande interpretação de Carla Diaz, Suzane é representada como uma garota fria e cínica. Essa caracterização acarreta em cenas que faz os próprios telespectadores se espantarem com tamanha falta de remorso. O mesmo não se pode dizer de Daniel (Leonardo Bittencourt), que vira e mexe ainda é retratado como um pobre coitado.

Um ponto interessante é a participação de Andreas Richthofen, irmão da assassina. O garoto é deixado de lado e seu luto não é bem trabalhado — afinal, esse filme não é sobre ele. Apesar disso, é interessante observar esse paralelo com o caso real. Andreas foi uma das pessoas mais prejudicadas em meio a todo esse caos, tendo seu luto e sofrimento ignorado por conta da repercussão gerada pelo ato brutal.

Assim como nos últimos dois filmes, a grande questão debatida sobre A Menina que Matou os Pais - A Confissão é a ética por trás desse tipo de produção. Há quem defenda que essa é só mais uma tentativa de conseguir dinheiro em cima de um caso que todo mundo sabe a história. Por sorte, essa promete ser a última parte dessa saga, que aparentemente deu o que tinha que dar — pelo menos até que alguém tenha a ideia de fazer um filme sobre Suzane na cadeia.

*Sob a supervisão do editor Jefferson Domingos

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