
Um levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que a taxa de desemprego entre jovens no Brasil é mais que o dobro da taxa entre adultos. Dados do instituto revelam que, no último trimestre de 2024, 38,5% dos jovens de 18 a 29 anos estavam empregados, enquanto esse número caiu para 35,9% entre os adultos de 30 a 59 anos.
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Em entrevista ao MASSA!, o mentor de empresários André Minucci apresentou explicações sobre esse cenário do mercado de trabalho. “Tivemos uma mudança nos últimos anos, até por conta das novas gerações que chegaram ao mercado. Geração G, Z e Y, gerações que não foram preparadas para o mercado de trabalho. Então, antes, as empresas queriam os jovens porque, para elas, o jovem produz mais, o jovem é mais ativo, ele é mais barato. E iam tirando os mais velhos e mais experientes do mercado. Mas o mercado começou a perceber que as novas gerações não chegam preparadas. E são gerações muito delicadas, imaturas. Elas não sabem ouvir, quando ouve, elas choram, ficam chateadas. Então, as empresas começaram a voltar para os mais velhos. Nos últimos cinco anos essa mudança foi muito visível no mercado de trabalho”, revelou.

Ainda segundo André, esses comportamentos apresentados por parte da juventude são reflexos da falta de preparo. “As escolas, as famílias e o Governo do Brasil não estão preparando os jovens para o mercado de trabalho. Os pais não conseguem dar tudo que os jovens querem, mas querem fazer todas as vontades e não preparam para a realidade. Nós vemos jovens de 20, 22 anos que não sabem nada do mercado de trabalho. E não estamos falando só de famílias humildes, não. Famílias humildes, mas famílias ricas também", explicou André.
"Nas empresas que costumo fazer mentorias, eu costumo dizer que, daqui a 10 anos, não teremos mais a geração pessoal da década de 80 trabalhando. Nós vamos ter a geração XY e as novas que já estão vindo. Nós só vamos ter esse público, essas pessoas nas empresas. A questão é como as empresas estão se preparando para ter essas pessoas, desenvolver essas pessoas e fazer o jovem se interessar, em vez de ficar numa zona de conforto da família, muitas vezes uma zona de conforto ruim, mas fazer esse jovem se interessar por trabalho de verdade".