A partir do próximo dia 22 de março, o Centro Cultural Sesc - Feira de Santana será palco da exposição "Ritmos Visuais – Uma jornada pela história da Micareme", que conta a história de 88 anos da Micareta de Feira de Santana a partir das obras de quatro artistas baianos.
No dia do lançamento, será realizada uma vernissage aberta ao público, às 18h30, com um bate-papo com os profissionais envolvidos no projeto, uma visitação mediada e o show em homenagem aos 40 anos do axé music com um dos pioneiros da cena na cidade, o cantor Djalma Ferreira, com ingressos a preços mais que populares: R$ 2 (meia) e R$ 1 (cliente Sesc).
Todas as obras são inéditas e foram criadas a partir da pesquisa do radialista, professor e pesquisador da festa, Edilson Veloso. A mostra tem curadoria da artista visual Nila Carneiro, que assina também a identidade visual do projeto, e entre os expositores estão os artistas Kbça, Ludimila Lima, Raiana Britto e Ana Reis.
Inspirada na antiga festa francesa “Micareme”, a Micareta de Feira, como é conhecida, foi pioneira na criação e realização deste formato de festa, que celebra o carnaval fora de época e que, posteriormente, foi replicado em várias outras cidades do país. O evento lançou para o mundo importantes artistas, transformando-se em uma festa de referência para o cenário musical e cultural do estado. Neste ano em que se comemora os 40 anos do Axé Music, a exposição ressalta a importância e a contribuição da Micareta de Feira de Santana para o sucesso desse gênero musical, com destaque para as programações de blocos, cordões, batucadas e afoxés que se expandiram e conquistaram o país, contribuindo para a consolidação do evento no calendário festivo da Bahia.
Personalidades que fizeram parte desta trajetória serão homenageados, como Mãe Socorro – Yalorixá fundadora da escola de samba Escravos do Oriente; Luiz Caldas – considerado o pai do axé music; e Jota Morbeck, o primeiro artista a cantar em um trio elétrico na Micareta de Feira e que integrou uma das primeiras formações da Banda Eva. Também serão celebrados instituições como “Bacalhau Na Vara”, o bloco mais antigo da festa, e “Unidos Pelo Samba”, coletivo que reúne os grupos de samba da cidade.
Outras instalações ainda homenageiam Neguinho do Samba, responsável pela criação e difusão do “samba reggae”, célula rítmica percussiva que está no DNA do axé music e foi imortalizado pelo bloco afro Olodum; e Maneca Ferreira, um dos artistas feirenses responsável pela criação e realização da Micareme, com a criação dos primeiros carros alegóricos produzidos para a festa. A exposição surpreende o público ao ir além da estrutura 2D, trazendo instalações interativas e obras digitais inéditas criadas pelos artistas convidados, sob a curadoria da artista feirense Nila Carneiro.
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