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Reforma da ‘pepeka’ - 28/09/2024, 07:00 - Da Redação

Mulheres recorrem cada vez mais à cirurgia para corrigir a vulva

Em 2023, mais de 12 mil ninfoplastias foram realizadas no Brasil

A ninfoplastia ainda é cercada de mistérios, tabus e informações falsas
A ninfoplastia ainda é cercada de mistérios, tabus e informações falsas |  Foto: Ilustrativa/Freepik

A vaidade entre as mulheres brasileiras vai além do desejo do shape perfeito, da pele de pêssego, dos cabelos da moda. Com técnicas cada vez mais modernas, a mulherada tem investido para realização do sonho da ‘pepeka' perfeita.

A busca tem crescido de forma acelerada, colocando o Brasil no segundo lugar do ranking de realização de cirurgias plásticas no mundo, como aponta a Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS). De acordo com dados divulgados pela entidade, somente em 2023, foram realizados 3,3 milhões de procedimentos. Deste total, 12.839 (0,4%) foram de cirurgias na vulva.

Mas, apesar da corrida pela ‘vagina ideal’, a ninfoplastia ainda é cercada de mistérios, tabus e informações falsas. O cirurgião plástico Gerson Luiz, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e da ISAPS, esclarece algumas dúvidas.

“A ninfoplastia é uma cirurgia plástica que visa harmonizar a região da vulva. Na maioria das vezes é um procedimento simples que pode ser realizado com anestesia local e sedação. Em alguns casos, pode ser feita em centro cirúrgico ambulatorial com anestesia local, raquianestesia e com ou sem sedação”, explica o especialista.

De acordo com Luiz, a elevada procura pela ninfoplastia está diretamente relacionada às várias possibilidades oferecidas pelo procedimento, como resolver assimetrias, escurecimento, redução ou aumento dos pequenos e grandes lábios vaginais, entre outros desconfortos que as mulheres podem ter na região íntima.

E essas possibilidades, como ressalta o médico, vai além do fator sexo. Uma pesquisa feita no Brasil pelo Instituto de Cirurgia Íntima mostrou que 87,6% das mulheres submetidas a esse tipo de intervenção relataram grande melhora na autoestima, além do conforto físico e emocional. Foram ouvidas 119 pacientes que passaram pelo procedimento.

“A maior parte das intervenções são para melhorar alguns desconfortos que as mulheres podem ter na região íntima e não provocam necessariamente melhorias sexuais. As mudanças são apenas físicas, não visam a sensibilidade”, explica.

Para realizar as alterações desejadas, é preciso buscar um profissional especialista. “Qualquer mulher pode fazer esse tipo de procedimento, que precisa ser avaliado caso a caso. A ninfoplastia, por exemplo, pode ser indicada até para adolescentes que tenham problemas com o tamanho excessivo dos lábios vaginais”, desmistifica o médico.

Gerson Luiz ainda tranquiliza as pacientes que planejam realizar a cirurgia. “A recuperação depende muito do local do procedimento e de paciente para paciente. Mas normalmente os pacientes não sentem dor e a recuperação é rápida”, tranquiliza.

Vaidade masculina

E engana-se quem pensa que apenas as mulheres estão preocupadas com a boa aparência das partes íntimas. O médico Gerson Luiz revela que há um movimento significativo de homens no consultório para ‘ajeitar as coisas’. “Além da cirurgia plástica íntima de aumento do pênis, também são realizados procedimentos como de incremento da espessura do órgão sexual e retirada do excesso de pele da bolsa escrotal, conhecido como lifting escrotal ou escrotoplastia”, informa, acrescendo que “esses procedimentos visam não apenas aspectos estéticos, mas também proporcionar benefícios psicológicos e de saúde”.

Mudança de sexo

O cirurgião Gerson Luiz faz questão de deixar claro que cirurgia plástica íntima não é um procedimento para mudança de sexo. “A cirurgia plástica íntima é um procedimento que tem como objetivo melhorar a aparência ou função dos órgãos genitais masculinos ou femininos. Não tem qualquer relação com a redesignação ou transexualização, que visa adequar os órgãos genitais ao gênero com o qual a pessoa se identifica”, esclarece. Para finalizar, Luiz destaca que não há um modelo de órgão sexual.

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