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Tudo na dose certa! - 29/06/2024, 07:00 - Amanda Souza

Ciúme é tempero? O segredo do amor está no equilíbrio

Casais que respeitam os limites e os interesses do outro sabem a dose equilibrada do ciúme

Daiala e Felipe falaram um pouco sobre o relacionamento dos dois e como construíram confiança
Daiala e Felipe falaram um pouco sobre o relacionamento dos dois e como construíram confiança |  Foto: Raphael Muller / Ag. A Tarde

Ah, o ciúme! Aquele bichinho que todo mundo já sentiu em algum momento! Pode ser um frio na barriga quando o amado fala de alguém do passado, ou um leve incômodo ao ver uma curtida nas redes sociais. Por outro lado, pode ser um sentimento que nem pinte na relação, e que gera até uma dúvida: será que o meu parceiro de fato se importa comigo?

O segredo, dizem, está no equilíbrio. Como tudo na vida, é preciso dosar as conexões emocionais. Não é saudável ter ao lado uma espécie de espião, alguém que não respeite a sua privacidade e não confie em você; mas a indiferença total e a falta de cuidado com a relação, a não demonstração de interesse no parceiro também podem estragar relações.

Falar da vida a dois e expor o relacionamento é uma escolha difícil para muitas pessoas, mas não foi para Daiala Oliveira, a ‘Índia’ do Instagram. Ela compartilha diversas dicas sobre relacionamento e vida sexual com os seus mais de 600 mil seguidores, e muitas dessas dicas vêm de suas experiências pessoais. Em um papo com o Massa!, ela e o marido, Felipe Silva, contaram como ajustaram o relacionamento para que a dose de ciúmes fosse saudável para fortalecer a relação, não para destruí-la.

Respeito e confiança são os pilares do relacionamento, eles garantem
Respeito e confiança são os pilares do relacionamento, eles garantem | Foto: Raphael Muller / Ag. A Tarde

Felipe conta que, no começo da relação, a vida pública de Daiala era um problema. “Foi difícil para mim essa coisa de internet, das pessoas pedirem para tirar foto com ela, eu não estava acostumado. Então realmente era um problema, tinha muito ciúme da minha parte”, contou. “Mas, com o tempo, foi passando, fui me acostumando e criando confiança, e hoje sou mais tranquilo”, contou o marido.

Apesar da evolução, Daiala tem uma opinião curiosa. “É tranquilo até demais”, brincou. “No começo era ruim, ele era ciumento além do limite. Mas a verdade é que ele é 8 ou 80, agora também não tem ciúme nenhum! Aí fica até chato”. Ela diz que esse comportamento zero ciúmes também a incomoda. “É uma questão de se sentir mais querido, mais amado. Eu precisei dizer a ele que gostaria que ele ligasse, perguntasse onde eu estou, para saber que ele se importa”, disse.

Eles contam que, com os anos de relacionamento e filhos, as coisas foram se ajustando. Daiala é mãe de Nicole, de 9 anos, fruto de seu relacionamento com o cantor Bruno Magnata; ela e Felipe são pais de Cauã, de 2 anos. O casamento, a construção da família e muita conversa foi o que garantiu a eles maturidade para lidar com a vida a dois de forma leve, sem ciúmes exagerados e com liberdade para dizer o que incomoda.

“Se eu posso dizer a ele que me sinto muito solta quando ele não liga, é porque temos liberdade de conversar. Não é à toa que agora ele liga, faz esse esforço”, disse Índia. “O respeito e a comunicação são fundamentais, a gente conversa sobre tudo, não deixa passar nada sem dialogar”, explicou Felipe. “E essas conversas não são só sobre o que desagrada, mas sobre todas as coisas do dia a dia, porque conhecer a pessoa que está ao seu lado é fundamental”, completou a esposa.

Encontrando o ponto de equilíbrio

O psicólogo Elídio Almeida (CRP 03/6773), especialista em Terapia de Casal e relacionamentos, explica que “o ciúme é um sentimento de insegurança e medo de perda, que pode ser desencadeado por percepções reais ou imaginárias de ameaça ao relacionamento”.

Em geral, esse sentimento costuma desencadear comportamentos controladores, como vasculhar o celular do parceiro e demonstrações de desconfiança. Elídio alerta ainda que “o ciúme não deve ser visto como um indicador de cuidado ou amor, mas sim como um sinal de que há questões importantes a serem abordadas”.

Elídio Almeida é psicólogo e especialista em terapia de casal
Elídio Almeida é psicólogo e especialista em terapia de casal | Foto: Divulgação

Nesse sentido, quando se fala da falta do ciúme no relacionamento, ele aponta que precisa ser visto com positividade. “Muitas pessoas acreditam que ter ciúmes é prova de envolvimento emocional”, disse. “Em vez de ver a ausência de ciúmes como desinteresse, é importante refletir sobre o grau de segurança e confiança que existe no relacionamento. Quando os parceiros confiam plenamente um no outro, não há necessidade de comportamentos possessivos e ciumentos”, completou o psicólogo.

É importante perceber quando as coisas passam do “tempero” da relação, da brincadeirinha gostosa, daquilo que é natural de todo ser humano que vive relações. Nós não queremos competições nos relacionamentos, mas isso não nos dá o direito de invadir a privacidade do outro, de controlar os seus passos e anular a sua individualidade. Converse com o seu parceiro, confesse suas inseguranças, construam juntos a segurança que vai temperar o amor de vocês, mas não com ciúmes, e sim com respeito e confiança!

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