Um assunto polêmico tomou conta das redes sociais e jornais, nos últimos dias, se tornando até caso de Justiça. A polêmica em questão se formou após a atriz Claudia Raia revelar, em uma entrevista, que presenteou sua filha, Sophia Raia, com um vibrador íntimo, quando a jovem tinha apenas 12 anos.
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O presente, um tanto inusitado para uma pré-adolescente, gerou diversos debates nas redes sociais, onde a maioria dos internautas criticou a atitude da atriz. Como explicação, Claudia Raia afirmou que essa seria uma forma de auxiliar no autoconhecimento íntimo da filha.
A dúvida de muitos é: existe uma idade exata para começar com o uso de vibradores? Quem responde a este questionamento é a sexóloga Raquele Carvalho, que concedeu entrevista para o Massa!.
“Não há uma idade certa para começar a usar vibrador. Até porque, se a gente for pensar, tem pessoas que viveram a vida toda e nunca usaram vibradores, e nem por isso deixaram de ter prazer. Há outras que ainda estão se conhecendo, ou pessoas que só buscaram o uso do vibrador numa idade já um pouco mais madura, porque naquele momento surgiu essa necessidade. Essa procura pelo uso do vibrador deve surgir de forma natural”, explica a sexóloga.
Indo mais direto ao assunto, a especialista explica o motivo pelo qual está se tornando cada vez mais comum, entre os jovens, a busca do autoconhecimento e prazer. "Essa busca pelo autoconhecimento íntimo acaba sendo algo muito natural. Quando passa pela puberdade, a questão hormonal, isso naturalmente vai provocando uma curiosidade nos adolescentes. E boa parte, sim, recorre à auto estimulação, a conhecer o próprio corpo, a tocar no próprio corpo".
Raquele ainda explica que há diversas maneiras de incentivar o autoconhecimento íntimo na vida dos jovens, sem que “agilize” o início da vida sexual. A maneira como o assunto vai ser apresentado, claramente, varia de família para família. No entanto, é importante que haja esse incentivo sobre a educação sexual, a fim de evitar problemas por falta de conhecimento ou desinformação.
Início precoce das atividades sexuais: um alerta
A importância de orientar os jovens ao autoconhecimento do seu próprio corpo não significa que o adolescente vai dar início às atividades sexuais cedo. Mas sim, que a partir disso, o jovem poderá aprender de uma forma que não atropele as fases, dando início às atividade sexuais de forma precoce. O que é uma grande preocupação, podendo causar desde riscos à saúde, quanto ao próprio desenvolvimento dos adolescentes.
"Há diversos problemas, e ai a gente abre para um campo de infecções sexuais transmissíveis. Gravidez não planejada. Exploração sexual, abuso sexual. Questões que podem ser ligadas a patologias psicológicas, tipo depressão, distúrbio de ansiedade, arrependimento. É importante que haja uma educação sexual formal com as famílias e as escolas, onde os adolescentes eles possam ser orientados", explica.
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