Véi, na moral, o tempo em Salvador está cada vez mais louco. Que é época de chuva todo mundo já sabe, beleza. Mas colocar os pés na rua tem se tornado uma verdadeira aventura, mas daquelas que mais parecem filme de terror. É problema no trânsito, no transporte público, com os alagamentos em diversos pontos da cidade e a já comum mudança repentina do clima.
O canal é meio que sair de camiseta com um casaco por cima. Cê tá ligado, né? Praticamente todo dia de manhã cedo chove, tem dia que cai o maior toró. Aí você joga um casacão estiloso e tal, uma bota de escalada (não sei porque a galera usa tanto isso na cidade, mas tudo bem) e um guarda-chuva.
Então você segue para o ponto de ônibus. Dois minutos depois, o sol aparece rachando o crânio e tudo muda. Pior ainda é quando você tá no buzão de 5h40, começa a chover e fecham todas as janelas e, como tudo conspira ao nosso favor, o buzu não é daqueles com ar condicionado, tem o brother com aquela caatinga e o outro mano que tomou uma a noite toda e acordou com o estômago daquele jeito, cheio de gases, e tá se segurando pra não largar aquele velho 'pum'.
Mas os problemas não param por aí. A viagem que normalmente dura 40 minutos aumenta para 1h30 rapidamente, e quase sempre tem como motivo os alagamentos. Na Suburbana é certo alagar na região do Parque São Bartolomeu e no Boiadeiro. Na região da Calçada e da Régis Pacheco a situação é ainda pior. Bonocô? Alaga! Avenida ACM? Alaga! BR-324, sentido Salvador, na proximidade da estação de Metrô de Pirajá, também alaga. Resumindo: não tem escapatória e você vai se atrasar para o trabalho, faculdade, colégio ou aonde quer que você esteja indo.
A prefeitura precisa fazer obras para resolver esses alagamentos? Claro, urgente! Mas a gente tem que fazer a nossa parte também. O jeito é sempre sair com uma mochila de socorro, porque aí você leva um par de meias reserva – sempre fica encharcada –, um camisa reserva, um casaco, um desodorante e um fone para tentar esquecer de tudo ao seu redor enquanto o caos acontece ao seu lado.
Sorte pra gente nesse período doido de Salvador e que o buzão não passe numa poça d'água enquanto você caminha para o trabalho.