Pô, véi, na moral mesmo, tá barril andar por Salvador nesse período de chuva. Até outro dia desses, era na pegada chove e para, chove e para. Agora a zorra é toró, chuva normal, alagamento, ‘banho’ de água suja no ponto de ônibus, buzu lotado, criatividade para chegar no trabalho intacto e por aí vai.
A vida do soteropolitano não tá nada fácil. Eu mesmo fui à rua e vivi uma verdadeira aventura, mas se virasse filme seria incluído na categoria de terror trash. Maluco, eu tava na área da Régis Pacheco, na Cidade Baixa, e, na moral, perdi uma grande oportunidade de faturar uma grana.
Já tinha tempo que não ir pro lado de lá, mas com as obras que fizeram na região e tal, pensei que tinha melhorado... me enganei. Se soubesse que tava a mesma bagaceira, eu teria levado caiaques e pranchas de stand up paddle e ia ficar barão só com o aluguel delas pra atravessar a rua.
Irmão, a água sobe tanto naquela área, que dá pra fazer uma parque aquático, ensinar a gurizada a nadar e até mesmo morrer afogado. Sair de casa é difícil, e as opções não são muitas. Ou você mete o pé na água e molha até o joelho, a depender do lugar, até mais, ou você sai se esgueirando pelos muros e grades para tentar reduzir o prejuízo.
E não para por aí. Quando a água finalmente baixa fica um rastro de destruição, lixo e lama. A situação não se restringe à Cidade Baixa apenas, situação igual é vista na Suburbana, na Avenida Bonocô e em muitos outros picos.
Com tanta tecnologia para prever o tempo e com o conhecimento dos governantes sobre o período chuvoso, é inadmissível todos os anos a gente passar pelos mesmos perrengues. Por favor, façam as devidas obras e ajudem o povo, na moral mesmo.