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Inaceitável - 08/05/2023, 11:12 - Anderson Orrico

Vítima de racismo em Salvador diz que PM negou viatura

Agressora até o momento não foi identificada

Nas redes sociais algumas pessoas dizem que mulher mora em São Rafael
Nas redes sociais algumas pessoas dizem que mulher mora em São Rafael |  Foto: Reprodução/Redes Sociais

A mulher que sofreu ataques racistas em uma loja de conviência no bairro de São Rafael, em Salvador, afirmou que ligou para a Polícia Militar no momento do ocorrido, mas se recusaram a enviar uma viatura ao local. O caso aconteceu no sábado (6) e, nesta segunda-feira (8) a suspeita ainda não havia sido presa.

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Andressa Fonseca registrou os insultos racistas em vídeo onde mostra a racista dizendo que odeia pessoas prestas. A ocorrência foi registrada na delegacia de Pau da Lima no domingo (7) e é investigada como injúria racial.

“Eu liguei para a polícia e a pessoa que me atendeu disse que, nesse caso, não enviaria viatura e que era para eu me conduzir à delegacia mais próxima, com as provas que eu tinha em mãos, para registrar o BO [boletim de ocorrência]. Só me perguntaram onde eu estava e me disseram que a delegacia mais próxima era a de Pau da Lima”, contou a vítima.

A Polícia Militar, em nota, disse apenas que não foi acionada para a ocorrência. Já o advogado da vítima, Tiago Melo, disse que Andresa tem provas de que fez a ligação para a central da PM.

“A polícia negou que ela tenha ligado, mas ela tem os registros no celular, a prova de que ligou. É complicado porque a polícia, neste momento, é extremamente importante para o flagrante e para todo o processo criminal”.

Para o advogado, a decisão da PM de não encaminhar uma viatura até o local dificultou a identificação da suspeita do crime, além da falta do registro do flagrante.

“Se a polícia enviasse uma viatura, a gente teria o flagrante e ela seria obrigada a se identificar em uma delegacia de polícia. Seria encaminhada à delegacia e a gente teria a identificação. Oficialmente, a gente não sabe quem é essa pessoa”.

O advogado também contou que a Polícia Civil ainda não deu retorno sobre a investigação do caso.

“Minha cliente acabou saindo da mesa, diante das agressões, e foi feito o registro do boletim de ocorrência, no dia seguinte, em uma delegacia. A gente ainda não recebeu nenhuma resposta [da Polícia Civil]. As notas estão sendo encaminhadas à polícia, mas o andamento efetivo para a identificação e penalização desta mulher a gente não teve nenhum”.

Mesmo não tendo sida identificada pela polícia, nas redes sociais muitas pessoas afirmaram que a agressora mora no bairro de São Rafael e que teria problemas psiquiátricos.

“São indícios que precisam ser confirmados por meio de laudo técnico. A Justiça trabalha por meio de perícia, prova. Ela precisa passar por uma perícia judicial, para ser confirmado se ela tem algum problema psiquiátrico. Se tiver, o local de pessoas com problemas psiquiátricos, inimputáveis, que cometem crimes, é na casa de detenção, nos conhecidos manicômios judiciários, e não livres na sociedade, cometendo crimes”, reforçou Tiago.

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