Vítima de intolerância religiosa no metrô pede indenização milionária

Intolerância aconteceu contra mulher do Candomblé |  Foto: Reprodução/Redes Sociais

Um caso de intolerância religiosa dentro de um vagão no metrô de Salvador acabou indo parar na justiça. A situação aconteceu em janeiro deste ano, quando uma mulher foi constrangida, ofendida e ameaçada por um passageiro que se incomodou com o fato dela estar usando um fio de contas, e a primeira audiência aconteceu nesta sexta-feira (28), na 8ª Vara das Relações de Consumo do Fórum Ruy Barbosa.

Além do acusado de praticar intolerância religiosa, a defesa da vítima também está movendo uma ação indenizatória contra a CCR Metrô Bahia, responsável pelo transporte, no valor de R$ 1 milhão, alegando que os seguranças teriam sido omissos diante da situação, que teriam sido chamados pela mulher e por outros passageiros, mas não teriam feito nada para ajudá-la.

Relembre o caso: Vídeo: mulher sofre intolerância religiosa dentro do metrô

De acordo com o advogado Bruno Moura, que representa a mulher, o alto valor da causa está baseado nas consequências causadas na vítima. Em entrevista ao Correio, ele disse que o crime trouxe prejuízos psicológicos para ela: "Até hoje, minha cliente não consegue se sentir segura no metrô. Até hoje, ela tem sofrido com esse abalo psicológico advindo desse momento porque o rapaz foi pra cima dela para agredi-la. Então, buscamos um valor a título de indenização pelos transtornos e sofrimento causados pela empresa, a partir dos seus prepostos".

Procurada pelo Portal MASSA!, a CCR Metrô Bahia se posicionou sobre o caso. Em nota, a empresa declarou que tem repúdio por atos de intolerância e informou que está disponível para prestar os devidos esclarecimentos sobre o caso.

"A CCR Metrô Bahia repudia qualquer prática de atos de intolerância e desrespeito. A concessionária reforça que a equipe de Agentes de Atendimento e Segurança está disponível para prestar todo o atendimento e auxílio aos clientes e orienta que todo caso de intolerância ou agressão seja registrado para tomada das devidas providências. A CCR Metrô Bahia está à disposição das autoridades para contribuir com as investigações", comunicou.