
O repórter Felipe Oliveira relatou, nesta segunda-feira (12), por meio das redes sociais, que foi vítima de racismo estrutural enquanto estava trabalhando. O episódio ocorreu na portaria de um condomínio de classe média alta, no bairro da Pituba, em Salvador.
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Segundo Felipe Oliveira, colaborador da TV Bahia, ao chegar ao condomínio e informar o número do apartamento para o qual se dirigia, foi questionado por um porteiro se ele estaria ali para prestar algum serviço.
"Pra muita gente pode parecer uma pergunta normal, mas a gente sabe que não é. Isso é o racismo estrutural. É como se pessoas pretas só pudessem estar naquele local como prestadoras de serviço", desabafou o repórter.
Em outro momento do desabafo, Felipe Oliveira refletiu sobre as diferentes formas como pessoas brancas e pessoas negras são tratadas, mesmo quando estão vestidas de maneira semelhante.
"Provavelmente, se fosse uma pessoa branca chegando no mesmo horário que eu cheguei, com roupa social, como eu estava, o porteiro não se sentiria à vontade para fazer essa pergunta", afirmou.
Por fim, o repórter afirmou que decidiu gravar um vídeo como forma de alerta, para que as pessoas reflitam sobre o racismo estrutural. "Resolvi gravar esse vídeo para promover reflexão, para que você, síndico, converse com sua equipe, prepare os seus funcionários; para que você, pessoa física, converse sobre esse assunto. É uma coisa muito simples, mas é capaz de destruir o dia de uma pessoa negra", finalizou.
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