
Os 1.020 ambulantes que conseguiram o credenciamento para comercializar na tradicional Lavagem de Bonfim, realizada nessa quinta-feira (11), em Salvador, precisam se atentar a uma das principais exigências da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop): a venda de bebidas em embalagens de vidros segue proibida durante os festejos públicos.
O gestor da Semop, Alexandre Tinoco, revelou que, embora esse tema seja debatido constantemente com a categoria, ainda é um assunto que gera preocupação e dor de cabeça ao órgão. “É um problema sério que a gente tem. Continuamos nesse trabalho de conscientização. Entendemos que, por vezes, o ambulante é levado a comprar itens em garrafas de vidro porque muitas pessoas acabam exigindo determinado tipo de bebida, de marca. Mas o nosso dever é educativo. A gente tenta fazer com que eles entendam que aquilo ali pode se tornar uma arma e não faz sentido ter naquele espaço da festa”, destacou em entrevista ao MASSA!.
O não cumprimento da exigência pode gerar prejuízos financeiros e constrangimento para o ambulante que for flagrado cometendo a infração. “Aí nesses casos a gente apreende a mercadoria. E, mesmo que ele possa retirar na nossa sede depois, acaba tendo prejuízo. Às vezes têm uns que escondem, mas não adianta. Nós achamos e apreendemos, e a gente não gosta disso. O pessoal acha que a gente fica feliz, mas não, porque não faz sentido pra gente” alertou Tinoco.
Dos credenciados, 800 são para a venda de bebidas em isopor, 60 para a venda em barracas, 30 para atuação em tabuleiro de baiana de acarajé, 100 em carrinhos diversos e 30 em food trucks.
Mais itens proibidos
Além das garrafas de vidros, itens inadequados para a venda de alimentos a exemplo de objetos perfurocortantes também não poderão ser levados pelos ambulantes. Ainda segundo a Semop, também não será permitido comercializar produtos em carros de mão, bebidas embaladas e preparadas artesanalmente em vasilhames de vidro; utilizar caixotes, tábuas, lonas ou qualquer outro material para ampliar o equipamento ou área de comercialização. Os famosos e tradicionais churrasco e queijo coalho no espetinho também não poderão ser comercializados. O desrespeito às determinações pode resultar em cassação da autorização.
