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Ao redor do mundo - 16/07/2024, 08:45 - Da Redação

Velório é festa? Após episódio na Bahia, entenda prática pelo mundo

Nem toda cultura compreende a morte como sinônimo de tristeza

Mestre Bala era muito querido em Cachoeira; velório teve cerca de 1500 pessoas
Mestre Bala era muito querido em Cachoeira; velório teve cerca de 1500 pessoas |  Foto: Reprodução

Quando uma comemoração não é tão animada quanto o esperado, dizem que "a festa virou um enterro". Mas e quando é o enterro que tem a animação lá no alto ao ponto de virar uma verdadeira festa? Foi o que rolou em Cachoeira, no recôncavo baiano, nesta segunda-feira (15). O velório de Carlos Jorge Rodrigues, conhecido como Mestre Bala ou Balainho, de 70 anos, viralizou nas redes sociais pela maneira minimamente curiosa de se despedir de um ente querido.

Balainho estava tratando um câncer há cerca de um ano e acabou falecendo no último final de semana
Balainho estava tratando um câncer há cerca de um ano e acabou falecendo no último final de semana | Foto: Arquivo pessoal

A verdade é que o cortejo fúnebre de seu Balainho parecia mais um bloco de carnaval. Atendendo ao desejo do senhor, que dizia em vida que desejava um velório em formato de festa, as cerca de 1500 pessoas que acompanharam o velório contaram com música e bebida enquanto passavam por locais que foram importantes para Mestre Bala, como o clube onde ele jogou futebol.

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A maneira diferente de lidar com a morte, claro, chamou a atenção de quem estava nas ruas e também de quem se deparou com as imagens da internet, já que não faz parte da nossa cultura esse tipo de celebração. No entanto, embora a morte possa ser um sinônimo de tristeza e luto profundo para muitas pessoas, não é assim em todos os lugares do mundo. O Massa! elencou alguns dos lugares pelo mundo em que o velório é uma verdadeira celebração da vida.

Gana (África)

Em Gana, os funerais são eventos elaborados e festivos, muitas vezes com duração de vários dias. Eles envolvem música, dança e comida. Os caixões são frequentemente projetados em formas extravagantes que refletem a profissão ou hobbies do falecido, como peixes, aviões ou carros.

Bali, Indonésia (Ásia)

Ngaben é um ritual de cremação balinês que celebra a libertação da alma do falecido. É uma cerimônia elaborada que inclui procissões coloridas, danças e música tradicional. A cremação é vista como uma maneira de purificar a alma e permitir que ela reencarne.

México (América do Norte)

No México, o Dia dos Mortos é uma celebração colorida que ocorre nos dias 1 e 2 de novembro. As famílias montam altares decorados com flores, fotos, velas, e oferendas como alimentos e bebidas favoritas dos falecidos. Eles acreditam que as almas dos entes queridos retornam para visitar durante esses dias. A celebração inclui desfiles, música, danças, e visitas aos cemitérios.

Guatemala (América Central)

Semelhante ao México, na Guatemala, o Dia dos Mortos é comemorado com pipa (papagaios) gigantes. Em Santiago Sacatepéquez, por exemplo, os moradores constroem e voam pipas enormes para se comunicar com os mortos. Os cemitérios são decorados e as famílias fazem piqueniques junto aos túmulos dos entes queridos.

Japão (Ásia)

O Obon é um festival budista japonês celebrado em agosto (ou em julho, dependendo da região). É uma época para honrar os espíritos dos antepassados. As famílias limpam as sepulturas, acendem lanternas e realizam danças tradicionais chamadas Bon Odori. As lanternas são usadas para guiar os espíritos de volta ao mundo espiritual no final do festival.

Madagascar (África)

Em Madagascar, o Famadihana é um ritual funerário praticado pelo povo Merina. Durante o evento, que pode ocorrer a cada poucos anos, os ossos dos antepassados são exumados, limpos e embrulhados em novos lençóis. A cerimônia é uma ocasião festiva com música, dança, e um banquete. Os familiares carregam os ossos em procissão ao redor do túmulo antes de enterrá-los novamente.

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