Com mais de 690 casos de Febre Oropouche registrados na Bahia, a doença viral transmitida pelo maruim, também conhecido como mosquito-pólvora, pode ter causado as suas duas primeiras mortes no estado. Com os casos ainda sob investigação, as famílias de dois jovens baianos aguardam o resultado dos últimos exames e a resposta do Ministério da Saúde para descobrir se o falecimento deles foi causado pela doença ou não.
Uma das vítimas era de Camamu e a outra de Valença, com 22 e 24 anos respectivamente, saudáveis e sem qualquer tipo de comorbidade. Eles tiveram a doença pouco antes da fatalidade, o que a tornou como a principal suspeita da causa da morte. A Secretária de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) registrou os óbitos como consequência da Febre de Oropouche, mas ainda assim é preciso esperar a confirmação do Ministério da Saúde para bater o martelo.
Como a Febre de Oropouche tem difícil identificação, isso complica a confirmação oficial. Inclusive, em nota enviada ao Portal MASSA!, a Sesab explicou como funcionou o longo processo de identificação da causa da primeira morte: "O primeiro caso de um residente, de 24 anos, em Valença foi avaliado como positivo pela Câmara Técnica da Bahia e passou por avaliação clínica, epidemiológica e laboratorial rigorosa. O diagnóstico foi obtido através de RT-PCR para Oropouche, que se mostrou positivo após a exclusão de outras doenças como Zika, Dengue, Chikungunya e Leptospirose, além de infecções por meningococo, Hemophilus e pneumococo, todas apresentando resultados negativos".
Um simpósio organizado pela Sesab está sendo realizado nesta segunda-feira (17), em Salvador, para falar sobre a doença, que ainda é pouco discutida e não era encontrada na região amazônica, localidade onde ela é historicamente conhecida. Foi neste evento que o anúncio do óbito aconteceu.
O segundo caso ainda está em avaliação. "Encontra-se em investigação, ainda sem confirmação, e passará pelos mesmos exames submetidos o primeiro caso, adicionando a análise genômica", informou a secretaria.
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Vale lembrar que este ano é o primeiro a ter registros de Febre Oropouche em território baiano. Segundo a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), de março para cá já foram confirmados casos em 48 cidades. As primeiras ocorrências ocorreram em Laje e Valença.
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