No governo de Jair Bolsoanro, Universidades federais de todo o país tiveram corte de 45% na verba que é destinada ao pagamento de água, energia, bolsas de estudo e prestação de serviços. No setor de investimento, que é voltado a obras, reformas e compra de equipamentos, o corte foi ainda maior: 50%. Na Bahia, a Ufba perdeu 93 milhões de reais em custeio.
“Não há uma única área que sofreu mais, todas as áreas sofreram muito”, desabafou o vice-reitor da Ufba, Penildon Silva. “Se nós tivéssemos o orçamento de 2016, que era de 167 milhões, de custeio, se fosse corrigido pela inflação seria 227 milhões de reais. Hoje, o orçamento de custeio é de 134 milhões, ou seja, 93 milhões de reais a menos”, explica ele.
“Isso fez com que tivéssemos que reduzir nosso contrato de limpeza, tem menos gente para fazer limpeza na Ufba hoje”, completa. O mesmo acontece com os serviços de vigilância, pagamento de bolsas estudantis e despesas administrativas, como lista ele: “Temos dificuldade de fazer pagamento de água, de luz”.
Infraestrutura
O corte também impactou ainda a verba voltada às demandas de infraestrutura, como construção, manutenção de prédios e compra de materiais.
“É tudo aquilo que você faz de investimento: obras públicas, compra de computadores, compra de equipamentos. Tínhamos um orçamento de 36 milhões em 2015. Hoje o orçamento foi de 6 milhões”, explica ele. “Algumas escolas não conseguiram concluir as obras, não foi devido à falta de interesse da universidade em concluí-las, mas devido à falta de recursos”. emendou.