Na última sexta-feira de 2024, baianos e turistas subiram a Colina Sagrada e chegaram até a Basílica do Senhor do Bonfim, em Salvador, para agradecer as bençãos recebidas durante o ano.
Acostumado a receber centenas de fiéis na ‘sexta da gratidão’, o padre Edson Menezes, reitor da basílica, falou da importância desta tradição. “A sexta da gratidão consagra um sentimento do nosso povo que é muito nobre, que é agradecer. É um sentimento que nós devíamos sempre externar, a partir de uma ajuda, um apoio, de uma atenção recebida, de um valor, mas sobretudo o ser humano deve sempre agradecer a Deus, primeiro pelo dom da vida, por tudo aqui que Deus nos concede, e o povo baiano entendendo a importância de agradecer essa tradição de na última sexta-feira de cada ano subir a ladeira da colina sagrada para agradecer ao Senhor do Bonfim”.
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O padre também falou da diferença entre a primeira e a última sexta do ano. “A primeira do ano nós consideramos como sexta da proteção, porque o sentimento é outro, o ano novo está começando e as pessoas também criaram essa tradição de pedir a proteção do Senhor do Bonfim".
Momentos difíceis
O reitor da basílica citou os momentos desafiadores que o mundo tem enfrentado em 2024. “Foi um ano muito difícil, de muitas mortes, muitos desabamentos aqui em Salvador, muitas enchentes e infelizmente a continuidade das guerras na Ucrânia e lá no Oriente Médio. Foi um ano marcado por muito sofrimento, mas ao mesmo tempo o nosso povo não perde a esperança, não perde a confiança em Deus”.
Lavagem do Senhor do Bonfim
Não tem como falar da Colina Sagrada sem lembrar da tradicional Lavagem do Bonfim. O padre Edson revelou o que espera da cerimônia religiosa. “A expectativa é como nos anos anteriores será uma grande manifestação de fé. Eu sempre digo que a Lavagem do Bonfim transmite para o mundo uma lição muito importante mostrando que é possível você viver com quem faz uma opção de vida diferente, com quem professa uma fé diferente da sua, por quem é de uma nacionalidade diferente da sua e assim por diante”, concluiu o religioso.