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Dia do Feirante - 26/08/2023, 06:00 - Amanda Souza

Trabalho e história marcam o dia dos feirantes da Feira de São Joaquim

Entre frutas, verduras, camarões, castanhas e toda a diversidade de São Joaquim, o que se vê é muita simpatia e disposição para atender aos clientes

Celebrado nesse dia 25, o Dia do Feirante ficou marcado por um começo de manhã de festa e o resto do dia de trabalho intenso
Celebrado nesse dia 25, o Dia do Feirante ficou marcado por um começo de manhã de festa e o resto do dia de trabalho intenso |  Foto: Denisse Salazar / Ag. A TARDE

A sexta-feira festiva, apesar de simbólica, foi só mais um dia de trabalho para os muitos feirantes da mais tradicional feira de Salvador, em São Joaquim. Celebrado nesse dia 25, o Dia do Feirante ficou marcado por um começo de manhã de festa e o resto do dia de trabalho intenso.

Entre frutas, verduras, camarões, castanhas e toda a diversidade de São Joaquim, o que se vê é muita simpatia e disposição para atender aos clientes da melhor maneira. Em cada box da feira de São Joaquim é possível encontrar histórias que atravessam gerações.

Há três décadas trabalhando como feirante, Denilson da Fruta conta que a sua história começou com o seu avô e vai continuar através de seus filhos. “Ser feirante hoje é algo hereditário. Sempre alguém herda de alguém esse legado”, opina Denilson. “Ser feirante não é fácil, além do dom tem que ter algo que vem de berço. É uma faculdade que a escola não ensina”, conclui.

Denilson da fruta,30 anos de feira de são Joaquim
Denilson da fruta,30 anos de feira de são Joaquim | Foto: Denisse Salazar / Ag. A TARDE

Esse dom ao qual Denilson se refere é justamente a capacidade de buscar um diferencial entre tantos colegas ali, lado a lado. “Esse é o meio de sobrevivência de muitos e por isso eu considero cada feirante um artista, que se reinventa a cada momento. Meu avô trabalhava com dois itens, meu pai com três, quatro, e hoje eu trabalho com 60 a 70 itens”.

Assim como Denilson, Antônia Morais também já é da feira há bastante tempo. São 20 trabalhando como feirante, profissão na qual ela se encontrou com a venda de produtos que o baiano gosta e muito: camarão seco, castanhas, amendoim e afins. Para ela, é uma alegria viver de feira.

“A gente trabalha muito. Chegamos antes de amanhecer e saímos depois que escurece, mas eu gosto muito de ser feirante, de conhecer tantas pessoas aqui”, conta Antônia.

Antônia Moraes, feirante da Feira de São Joaquim
Antônia Moraes, feirante da Feira de São Joaquim | Foto: Denisse Salazar / Ag. A TARDE

Além das alegrias da feira, tem outra coisa que Denilson e Antônia concordam. Ainda tem muita coisa para melhorar. “A gente quer uma boa reforma aqui, uma melhorada boa nessa feira, está precisando. É importante também olhar para a segurança”, aponta Antônia. Já Denilson cobra ao poder público uma atenção com os trabalhadores da feira. “Uma reforma geral, que vai passar por melhoria nos boxes, nas ruas aqui dentro, calçamento, rede de esgoto, iluminação... uma infraestrutura para melhorar nosso trabalho”.

DOMINGO TEM FEIJOADA

Nem só de trabalho vive o homem! Por isso que o Dia do Feirante vai ser comemorado com festa no domingo, quando haverá o festival gastronômico da feira, com 13 restaurantes participantes oferecendo um prato degustação totalmente grátis. Nilton Ávila, o “Gago da Feira”, é o presidente do sindicato dos feirantes e conta que esse ano tem uma novidade.

“A gente inovou e estamos fazendo uma feijoada com 100kg de feijão que vai começar a ser servida às 14h. É uma festa para a cidade toda vir para a feira de São Joaquim”.

Nilton Ávila (que faz a feijoada no domingo em homenagem ao dia do feirante)
Nilton Ávila (que faz a feijoada no domingo em homenagem ao dia do feirante) | Foto: Denisse Salazar / Ag. A TARDE

Nilton destaca que o Dia do Feirante é uma celebração muito importante para eles. Aos 46 anos, ele conta que está na feira há 42 anos, já que esse era o negócio da família.

“O dia 25 de agosto é muito especial, é uma data nacional e aqui em São Joaquim a gente comemora com muita alegria esse dia”, garante Nilton, que destaca o papel social da feira de São Joaquim. “Não tem 34 mil metros quadrados nessa cidade que façam um papel social tão grande quanto a feira de São Joaquim. Um papel de empregar e levar o pão de cada dia para dentro da casa do nosso povo. Só de carregadores são dois mil. Pessoas que estavam desempregadas e vieram para a feira trabalhar”, destaca.

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