Os trabalhadores da Refinaria Mataripe, anteriormente conhecida como refinaria Landulpho Alves (Rlam), na Bahia, tomaram uma decisão drástica em resposta à política da série em massa implementada pela gestão da empresa desde sua privatização em novembro de 2021, na manhã desta quarta-feira (6).
Em uma reunião com representantes da Federação Única dos Petroleiros (FUP), do Sindipetro Bahia e do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil, Montagem e Manutenção Industrial (Siticcan), foi aprovada por unanimidade a paralisação das atividades a partir das 6h15.
A refinaria, que agora é controlada pelo fundo árabe Mubadala e administrada pelo grupo Acelen, vem realizando uma série de demissões que afeta tanto os trabalhadores próprios quanto os terceirizados. Segundo relatos, 150 funcionários foram dispensados, sendo 30 deles da equipe própria e 120 terceirizados. Atualmente, a refinaria conta com mais de 1700 empregados, 700 são terceirizados. A situação se agravou ainda mais com a demissão de quase 30 funcionário apenas nesta na terça-feira (5).
Deyvid Bacelar, coordenador-geral da FUP, expressou a chateação com a política adotada pela Acelen, afirmando: "Lutamos pela manutenção dos empregos e contra a política irresponsável da Acelen que promove a cada dia demissão em massa". Além disso, Bacelar também destacou que as entidades sindicais vem negociando em defesa de aproximadamente 300 funcionários da Petrobrás transferidos da refinaria.