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Humilhação - 10/04/2023, 13:02 - Vinicius Rebouças

Trabalhadores cobram a Coelba R$ 15 milhões em salários atrasados

Após ação judicial empresa teria depositado valor muito abaixo do acordado

Trabalhadores esperam receber direitos trabalhistas da Coelba
Trabalhadores esperam receber direitos trabalhistas da Coelba |  Foto: Divulgação | Sintracap-BA

Cerca de 300 trabalhadores da construção civil caminharam da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-Ba) até a Governadoria na manhã desta segunda-feira (10). Os profissionais são da extinta empresa Morel, prestadora de serviço da Coelba, que acusam o Grupo Neonergia de não pagar os direitos trabalhistas que chegam a cerca de R$ 15 milhões.

Ao Jornal Massa! o presidente da União Geral dos Trabalhadores da Bahia (UGT-BA) e do Sindicato dos Condutores em Transportes Rodoviários de Cargas Próprias do Estado da Bahia (Sintracap-BA), Marcelo Carvalho, explicou que o grupo Neoergia Coelba é responsável pelos contratos da extinta empresa Morel. Por isso, o sindicato entrou com uma ação coletiva contra a terceirizada e colocou a Coelba como responsável por pagar a homologação de mais de 450 trabalhadores desligados.

"Já temos uma liminar deferida a favor da nossa categoria e o sindicato abriu uma conta judicial para resolver o processo". A expectativa de resolução do entrave não se tornou realidade. Marcelo diz que "o depósito feito pela Coelba foi de R$ 1,8 milhão. Um valor que não chega a 15% do que é devido aos trabalhadores".

Humilhação

A situação dos profissionais é periclitante. Segundo ele, são três meses sem receber salários. Tempo suficiente para explodirem os problemas pessoais. "Temos trabalhadores passando necessidades. Tem gente que pode até ser preso por não conseguir pagar pensão alimentícia", lamentou.

O campo de atuação da Morel era em Salvador e Camaçari, município da Região Metropolitana. Os profissionais são motoristas, eletricistas e ajudantes. Nenhum executivo com alto salário. O sindicalista disse ainda que o contrato da empresa foi rescindido com a Coelba no último dia 13 de março, depois de muita pressão. E veio a bancarrota. "Fechou as portas sem ter um patrimônio para pagar ninguém. Se você for na sede (da Morel) não tem mais nada lá, nem segurança", desabafou.

A redação do Massa! entrou em contato e espera resposta da Neoenergia Coelba sobre o caso. Até a matéria ser fechada, o grupo ainda não havia respondido.

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