Começou nesta quarta-feira (26) o seminário "Justiça e Diversidade", evento que faz parte da programação da I Semana de Promoção e Defesa dos Direitos da População LGBTQIAPN+ do Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA).
Sob o tema "Produzindo vida e celebrando direitos", o seminário reúne profissionais e ativistas dedicados a dar voz à causa LGBTQIAPN+.
As mesas de debate dos seminário abordaram temas de extrema relevância para a comunidade, como desafios enfrentados pelas pessoas da comunidade LGBTQIAPN+ em relação à segurança pública e à proteção de seus direitos; e o papel do judiciário na proteção desses direitos.
A juíza Maria Angélica Matos, presidente em exercício da Comissão para a Promoção de Igualdade e Políticas Afirmativas em questões de Gênero e Orientação Sexual do TJBA (COGEN), explicou qual a contribuição de um evento como esse.
“Essa semana foi pensada inicialmente para o público interno, é preciso que o Poder Judiciário comece a se capacitar e ter informações a respeito dos direitos da população LGBTQIAPN+, e cumpra o seu papel de garantidor desses direitos”, disse. “Queremos que esse seja um ambiente acolhedor, plural, diverso, e que respeite e proteja essas pessoas vulnerabilizadas e dê visibilidade boas a elas sempre”.
O seminário segue hoje (27) com as mesas "Mulheridades Plurais" e "Masculinidades Plurais". A casa está aberta ao público interessado.
Outras atividades
Além do seminário, a Semana inclui outras atividades como o Cine Debate sobre o filme "Homens Invisíveis" e a mostra de arte "Transgeneridades Negras", que está em exibição no átrio do edifício-sede do TJBA.
A programação da semana conta com a "Feira de Empreendedorismo e Engajamento LGBTQIAPN+", realizada na praça de serviços, destacando a importância do apoio ao empreendedorismo dentro da comunidade.
A artista plástica Kin Bissents está entre os expositores da feira com o ‘Caixote Cultural’, uma iniciativa artística de exposição de artes e ilustrações formada por duas pessoas trans. Para ela, a possibilidade de expor esse trabalho é única. “É uma feira somente de pessoas LGBTs empreendedoras, fazendo isso de forma de maneira gratuita, conseguindo expor seu trabalho, movimentando emprego, renda”, disse. “É importante porque o emprego para a nossa comunidade é um pouco mais difícil devido a tantos atravessamentos”.