O Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA), por meio da Coordenadoria da Infância e Juventude (CIJ), lançou uma página na internet dedicada à adoção como uma espécie de guia para orientar possíveis pessoas adotantes.
A iniciativa visa facilitar o acesso à informação para os cidadãos interessados em adotar, reunindo detalhes essenciais sobre o processo de adoção, quais são os requisitos, documentação necessária e trâmites legais.
A página, intitulada "Adoção", destaca informações cruciais para passar pelo processo, como a possibilidade de adoção por qualquer pessoa maior de 18 anos e a exigência de uma diferença mínima de 16 anos entre adotante e adotado.
O desembargador Salomão Resedá, que lidera a Coordenadoria da Infância e Juventude, destacou que a página pode ser uma ferramenta valiosa para informar e conscientizar a população sobre o processo de adoção.
“O que queremos é mostrar os caminhos da adoção para que as pessoas reflitam um pouco sobre esse intento do amor”, disse. “Assim, as pessoas podem perceber que não existem obstáculos para a adoção como dizem, mas que há uma questão sobre o perfil das crianças”.
Salomão alerta para o fato de que, enquanto há uma predileção pela adoção de recém-nascidos, o número de crianças acima dos oito anos aguardando pela adoção só aumenta, por isso a necessidade de debater o tema.
“Há mais pessoas querendo adotar do que crianças e adolescentes disponíveis, mas o perfil que os pretendentes buscam impede esse encontro, e é quanto a isso que pretendemos sensibilizar”.
Segundo dados do Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA), atualmente, 207 crianças aguardam por adoção na Bahia; a maioria delas tem entre 14 e 16 anos, sendo 91,3% pardas ou pretas, 84,5% sem problemas de saúde, a maioria sem irmãos e 78,3% sem deficiência.
Em relação aos pretendentes à adoção na Bahia, a fila tem 1.287 pessoas/famílias. A maioria aceita crianças de qualquer etnia, mas apenas até 6 anos. Cerca de 54,2% estão abertos a crianças de qualquer gênero, 71% preferem adotar uma única criança, 93,4% não aceitam jovens com doenças infecciosas, e 93,8% não aceitam pessoas com deficiência.