32 pessoas morreram e outras 60 estão desaparecidas em meio as tragédias provocadas pelos temporais no Rio Grande do Sul, até o início desta sexta-feira (3). As chuvas atingem todo o estado, diferente do desastre ocorrido no Vale do Taquari no ano passado.
De acordo com a Defesa Civil, a maioria das bacias hidrográficas no Rio Grande do Sul está com risco de elevação das águas acima do nível de inundação. Para o governador Eduardo Leite (PSDB), o desastre é "o maior do estado" e que a situação "é de guerra".
"Não é só pra quem está à margem do Rio Jacuí, à margem do Rio Taquari, enfim. Outros rios, arroios e canais também sofrem essa essa interferência e é importante tomar cuidado nessas diversas localidades", explicou o governador.
Foi decretado estado de calamidade pela gestão estadual, algo que foi reconhecido pelo governo federal. Com isso, o estado é liberado para solicitar recursos federais para contemplar ações como assistência humanitária, reconstrução de infraestruturas e restabelecimento de serviços essenciais.
Ainda segundo a Defesa Civil, além dos 32 mortos e 60 desaparecidos, 36 pessoas ficaram feridas. Quase 15 mil pessoas estão fora de suas casas, sendo 4.645 pessoas em abrigos e 10.242 acolhidos por familiares ou amigos. No total, 154 das 496 cidades do estado registraram algum tipo de ocorrência, com 71,3 mil pessoas afetadas.
O Rio Guaíba, na capital Porto Alegre, já ultrapassa 3,6 metros no nível da água, com possibilidade de chegar a 5 metros nesta semana. Caso aconteça, um novo recorde seria quebrado após 83 anos, quando o rio chegou a 4,76 m em 1941.