O Sindicato dos Petroleiros da Bahia (Sindipetro) anunciou que vai acionar a Companhia de Engenharia Hídrica e de Saneamento da Bahia (Cerb), por conta de irregularidades trabalhistas da sua prestadora de serviço, a empresa UFC . De acordo com o sindicato, a UFC vem tentando impor uma política antissindical, provocando prejuízos a seus trabalhadores.
A companhia ganhou, há três meses, a licitação para assumir a atividade de perfuração de poços de abastecimento de água no estado da Bahia, substituindo a Elfe, que realizava anteriormente este mesmo serviço para a Cerb.
Segundo informações do Sindipetro, os trabalhadores que atuam na perfuração dos poços são representados pelo sindicato e na época da Elfe havia negociação e entendimento entre as partes. Mas desde que a UFC assumiu as atividades, a categoria vem tentando, há pelo menos três meses, estabelecer negociação para tratar sobre os problemas relacionados aos direitos dos trabalhadores, que começaram desde o início de contrato, mas sem êxito.
O diretor de Comunicação do sindicato, Radiovaldo Costa, afirmou que desde o mês de dezembro vem tentando contato com a UFC via telefone e presencial, mas sem sucesso. "Sempre estive buscando abrir um canal de negociação pra que a gente pudesse tratar sobre o acordo coletivo e ver as condições de trabalho. Eles estão chegando agora e não conhecem a atividade e queríamos alertar sobre alguns problemas que já enfrentamos, porém eles não respondem".
Algumas das irregularidades apontadas por Radiovaldo são a falta de assistência médica, mesmo após três meses de contrato; problemas com pagamentos de diárias e despesas de viagens; alimentação inadequada e problemas com fornecimento e treinamentos de Equipamento de Proteção Individual (EPI).
"A empresa, por não ter sentado conosco, está cometendo erros e os trabalhadores ficando prejudicados e com medo de cobrar sem a presença do sindicato. Inclusive estamos querendo parar as atividades da empresa porque é um absurdo. Iremos procurar a Cerb porque ela precisa se posicionar, porque a UFC mal chegou e já está pior do que a anterior", finaliza o dirigente.
Além disso, o Sindipetro também vai buscar apoio junto ao governo do Estado, por acreditar “que o governador Jerônimo Rodrigues não compactua com políticas antissindicais e não irá permitir que uma empresa que presta serviços ao estado da Bahia prejudique seus trabalhadores”.
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