A Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) emitiu um alerta sobre a catapora nesta terça-feira (15). Até 12 de agosto deste ano, foram contabilizados 443 casos da doença em todo o estado.
A Sesab não divulgou o número de casos no mesmo período de 2022 para comparação, mas revelou que o alerta desta terça-feira ocorreu depois de um aumento na notificação de surtos em unidades escolares de alguns municípios.
Em Fátima, cidade que fica no norte da Bahia, as aulas foram suspensas após um surto de catapora. Apesar do ocorrido no município, o alerta da Sesab não indica suspensão das atividades escolares em casos isolados da doença. Nessas situações, devem ser adotadas medidas específicas para as crianças que tenham tido contato com casos suspeitos e confirmados.
O alerta do órgão de saúde tem como objetivo promover medidas de prevenção e controle da catapora, que teve o maior coeficiente de incidência entre crianças menores de um ano de idade.
O documento da Sesab ainda aponta que toda a rede de saúde deve fazer notificação imediata de casos suspeitos de catapora às autoridades sanitárias municipais e estadual (vigilância epidemiológica).
A iniciativa também descreve que as baixas coberturas vacinais representam risco iminente para ocorrência de surtos e casos graves de catapora no estado - e consequente aumento dos internamentos.
Catapora
A catapora, também chamada de varicela, é uma doença infecciosa e altamente contagiosa causada pelo vírus varicela-zoster. Ela se manifesta com mais frequência em crianças, geralmente com quadros leves. Em adultos, pode ser grave, com sintomas mais intensos e complicações mais sérias.
O principal sintoma da catapora são lesões na pele, como se fossem bolhas, acompanhadas de muita coceira. O paciente também pode ter febre baixa, cansaço, dor de cabeça e perda de apetite.
As principais complicações da catapora são:
Pneumonite: infecção pelo vírus da catapora no pulmão.
Encefalite: infecção pelo vírus da catapora no sistema nervoso central.
Pacientes com catapora não podem tomar ácido acetilsalicílico (AAS ou aspirina), sob o risco de desenvolver Síndrome de Reye, uma doença rara que afeta o fígado e o cérebro e pode ser fatal. É mais comum em crianças, após a ingestão de AAS na fase aguda da varicela.