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Senzala do Barro Preto - 26/09/2024, 06:00 - Amanda Souza

Semana da Mãe Preta do Ilê Aiyê tem programação diversificada; confira

Evento é realizado na Senzala do Barro Preto, no Curuzu, e na Casa Rosa, no Rio Vermelho

Várias atividades são realizadas
Várias atividades são realizadas |  Foto: Denisse Salazar /AG. A TARDE

Começou na quarta-feira (25) a Semana da Mãe Preta do Ilê Aiyê, evento anual que homenageia Mãe Hilda Jitolu, matriarca do bloco afro e figura fundamental para a educação e mobilização das comunidades negras em Salvador. A programação, que se estende até sábado (28), traz oficinas, rodas de conversa e atividades voltadas para crianças, com o objetivo de refletir sobre os desafios das mulheres negras e o protagonismo feminino.

O evento, realizado na Senzala do Barro Preto, no Curuzu, e na Casa Rosa, no Rio Vermelho, promove uma série de atividades. Na Senzala do Barro Preto, as oficinas têm como objetivo oferecer formação em áreas artísticas. Ontem as inscritas participaram de uma oficina de dança. Hoje (26) haverá uma oficina de percussão e na sexta-feira (27) uma de composição musical. O sábado será dedicado às crianças.

Já a Casa Rosa é palco para rodas de conversa e performances artísticas. Nesta quinta-feira (26), o tema central do debate será "As lições que Mãe Hilda ensinou: Educação, Resistência e Liberdade". O espaço é aberto e sujeito a lotação do público.

A oficina de dança que abriu a semana foi ministrada por Soraya Sousa, professora de dança e eleita Deusa do Ébano do Ilê de 1996. Para ela, a semana é sinônimo de identidade. “Estou muito feliz de estar aqui desenvolvendo esse trabalho com essas mulheres. Não é só sobre dança, mas sobre falar sobre mulheres, sobre as pretas, sobre mãe Hilda e representatividade”, disse Soraya.

Imagem ilustrativa da imagem Semana da Mãe Preta do Ilê Aiyê tem programação diversificada; confira
Foto: Denisse Salazar /AG. A TARDE

Vivaldo Benvindo, um dos diretores do Ilê Aiyê, destacou a razão de existir uma ação como a Semana da Mãe Preta e como ela é importante, especialmente na Bahia. “Essa data foi idealizada pelo Ilê para homenagear as mães pretas, e aqui começamos homenageando a Mãe Hilda”, contou. “Essa é mais uma data de resistência, de ação afirmativa e de empoderamento do Ilê Aiyê. Por isso convidamos todas as pessoas, mulheres e homens, a celebrar mais uma semana da Mãe Preta do Ilê”, convocou.

A fisioterapeuta Isis Renata, de 29 anos, aceitou a convocação e foi uma das inscritas para a oficina de dança. “Eu fui finalista do concurso da Beleza Negra do Ilê em 2024, e ressalto a importância da identidade da mulher preta e de ocuparmos todos os espaços. Eu vim para a oficina porque a dança me move, especialmente a dança afro, o samba de terreiro, de raiz, e mover o corpo, para mim, é como mover a vida. Me sinto radiante, feliz e satisfeita de estar aqui”, contou.

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