
Banho de água fria! Um dia após o início oficial do verão 2025/2026, a prefeitura de Salvador, por meio da Coordenadoria de Salvamento Marítimo (Salvamar), emitiu, nesta terça-feira (23), um alerta para banhistas sobre a presença de caravelas-portuguesas em praias da capital baiana.
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A espécie, que não é considerada um animal, nem uma água viva, é definida como um organismo colonial marinho composta por quatro tipos de pólipos que trabalham juntos, flutuando com uma bolsa de gás colorida (azul/rosa/roxa) acima da água, movida pelo vento e correntes.
E o perigo está aí. Aparentemente bonitas e atraentes, as caravelas-portuguesas podem causar queimaduras dolorosas através dos seus tentáculos longos. Devido ao perigo que a espécie oferece, a Salvamar vai começar a sinalizar, por meio de bandeiras roxas espalhadas nas faixas de areia, os locais onde há presença desses seres marinhos. A sinalização indica que banhistas devem evitar aquele local.
Quem explica mais detalhes acerca desse assunto é o coordenador da Salvamar, Kailani Dantas. "A maioria acabou acontecendo nesse período por conta de uma frente fria que chegou no fim de semana, com o tempo um pouco fechado. Com isso, as caravelas que não têm a capacidade natatória, são trazidas através dos ventos, das correntes de torre. As caravelas portuguesas, que são as que são mais encontradas aqui. Elas, que são da cor lilás, são levadas para a areia na enchente da maré. Quando a maré esvazia, elas retornam assim para o mar. É o que acontece", explicou em entrevista ao MASSA!.
A Salvamar destacou, também, que o aparecimento desses marinhos na capital baiana tem ocorrido fora do período que eles costumam surgir, que normalmente é entre os meses de abril e junho. Quando questionado em quais praias de Salvador foram encontradas a espécie, o coordenador da Salvamar informou que, até então, não foi possível fazer esse levantamento por causa de fatores da própria natureza.
"No momento, essas caravelas acabam encostando em várias praias Não tem uma praia específica porque depende muito da frente fria que se aproxima e de vários fatores que acabam levando essa caravela para um lugar ou outro. Também não tem como retirar essas caravelas das praias, porque são muitas. O que orientamos é que, caso algum banhista sofra queimadura, lave o local que foi tocado pela caravela com vinagre. O vinagre tem um efeito que acaba cortando a substância da caravela na queimadura", disse Kailani.
