A Defensoria Pública do Estado da Bahia (DPE/Ba), através da iniciativa Infância Sem Racismo, entregou o Selo Escola Antirracista a oito instituições de ensino e uma professora numa cerimônia nesta terça-feira (22). As escolas foram escolhidas por uma comissão julgadora após se inscreverem num edital aberto em abril desse ano.
A proposta é fortalecer a luta contra o racismo atrávés da educação, conforme orintam as Leis 10.639/03 e 11.645/08, como explica Gisele Aguiar, coordenadora da especializada da infância e juventude da DPE/Ba.
“Essa é uma iniciativa que surgiu do nosso dia a dia, das denúncias que recebíamos do racismo no recorte escolar”, conta. “Começamos a estudar uma maneira de chegar nessas escolas, onde muitas vezes víamos cenas de racismo serem tratadas como bullying, de maneira que a escola não sabia lidar”, destaca.
Na cerimônia, as escolas foram premiadas em oito categorias diferentes, além de uma professora que também recebeu um prêmio pelo trabalho desenvolvido junto aos alunos.
Através do prêmio, a Defensoria Pública quer engajar a comunidade escolar no estado a divulgar suas iniciativas. “Nossa intenção foi premiar as escolas que trabalham a identidade do povo negro e dos povos indígenas ao longo do ano letivo inteiro, não apenas durante o mês de novembro”, ressalta Gisele.
Na primeira categoria premiada, o Selo Compromisso-Prêmio Oru, foram premiados o Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Angelina Rocha de Assis e o Sartre - Escola SEB (Unidade Nobel). “Estamos numa comunidade na Suburbana, onde a maioria das crianças são negras, e trabalhamos com essa temática há muito tempo”, diz Priscila Figueiredo, gestora do CMEI Angelina Rocha de Assis. Para Ana Lúcia Mattos, da Escola SEB, é uma honra. “É uma responsabilidade. Nós estamos inseridos numa comunidade diferente de muitas escolas que receberam o prêmio, mas é essa comunidade que atuamos que precisa ser educada”, pontua.