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Salvador - 27/01/2024, 06:00 - Amanda Souza

Sedur começa a demolir casarão que desabou no Comércio

Trabalho é para colocar no chão partes do imóvel que ainda correm risco de desabar

Operários da Codesal trabalham na demolição
Operários da Codesal trabalham na demolição |  Foto: Olga Leiria / Ag. TARDE

Começou na sexta-feira (26) a demolição de parte do casarão histórico que desabou na última quinta-feira (25), na Praça Conde dos Arcos, no bairro do Comércio. O imóvel já estava condenado pela Defesa Civil de Salvador (Codesal) há mais de três anos, mas não foram realizadas as manutenções prediais necessárias.

Uma equipe da Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur) esteve no local na manhã de ontem para iniciar a demolições de partes do imóveis que são consideradas instáveis, ou seja, que ainda podem desabar. Por se tratar de um imóvel localizada em uma região tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), foi necessário fazer a demolição manual, de maneira a preservar a edificação.

Em nota, a Sedur informou que o serviço de conclusão da fachada lateral esquerda foi finalizado ainda ontem e as atividades devem seguir nesse final de semana, começando pela demolição da fachada lateral direita ainda nesse sábado (27). De acordo com Sosthenes Macêdo, diretor geral da Codesal, não há outro imóvel que acenda esse tipo de alerta ali na região. "Dentro da região do Comércio, esse era o prédio que trazia uma aflição maior para a Codesal", disse.

O desabamento do casarão, que abrigou o restaurante Colon, chegou a preocupar as pessoas que frequentam a região, inclusive pela possibilidade de ter afetado os imóveis ao redor. Ainda de acordo com a Codesal, foi realizada uma vistoria na papelaria que está no prédio ao lado do casarão e não foi constatado nenhum risco.

Há um projeto desenvolvido pela Codesal, de nome 'Casarões', que soma mais de 2,8 mil imóveis mapeados, em especial nos centros histórico e antigo, regiões que demandam mais atenção, já que abrigam construções abandonadas. Desse montante, cerca de 15% têm risco alto ou muito alto para desabamento ou incêndio.A Codesal alerta para que o cidadão comum seja um parceiro e, ao perceber um risco de desabamento, ligue para o 199.

Iphan avalia importância

O Iphan Bahia destaca que "a importância arquitetônica do casarão enquanto patrimônio cultural está no fato dele fazer parte de um conjunto histórico tombado que demarca um período histórico de Salvador". O casarão foi tombado em 2011. O instituto destaca ainda que o imóvel é uma propriedade privada, e por lei, a responsabilidade pela conservação de bens tombados pelo Iphan é dos seus proprietários. Ainda de acordo com o Iphan, o proprietário do imóvel será autuado pelo Iphan, e terá que pagar multa pelos danos causados com o desabamento, e por lei, é obrigado a reparar o dano causado.

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