
A Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) emitiu um comunicado para negar a existência de um surto de HIV e Aids entre jovens de 14 a 19 anos na Bahia. Nos últimos dias, alguns veículos de comunicação e perfis nas redes sociais publicaram uma notícia falsa de que cerca de 11 mil casos de infecção teriam sido registrados entre baianos desta faixa etária.
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“A Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) reitera que esta informação não corresponde à verdade. Na Bahia, no ano de 2025, até o início de agosto, foram notificados 93 casos de HIV/Aids na faixa etária de 14 a 19 anos. Em 2024, nesta mesma faixa etária, foram 184 casos. No ano de 2023 foram 158 registros. Em 2022 o número chegou a 137”, diz a nota.
A Sesab definiu a atitude de compartilhar dados falsos como “irresponsável” e reforçou que não há surto de HIV e Aids entre jovens na Bahia: “Esta informação não corresponde à verdade”.
O que pode ter acontecido é a distorção dos números oficiais de um período muito maior, de cerca de dois anos e meio, e que não tem restrição de idade para adolescentes e jovens.
“Considerando todas as idades, na Bahia, de janeiro de 2023 a 02 de agosto de 2025 foram diagnosticados 11.187 casos de HIV e Aids, 8.005 (72%) no gênero masculino, 3.164 (28%) no gênero feminino e 18 casos com gênero ignorado. Destes, 168 casos foram na faixa etária de 10 a 19 anos, 5.212 casos de 20 a 34 anos, foram 3.664 casos em pessoas com idade entre 35 e 49 anos, 1.517 de 50 a 64 anos e 345 casos em pessoas com mais de 65 anos”, explica.

Por fim, a Secretaria de Saúde da Bahia afirmou que tem investido em um conjunto de ações para melhorar a educação em saúde sexual, prevenção de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) e ampliar o acesso ao diagnóstico.
“O Estado vem intensificando as ações de educação em saúde, prevenção combinada e ampliação do acesso ao diagnóstico, especialmente nos serviços voltados ao público adolescente e jovem. Além disso, recomenda-se fortalecer a integração entre atenção básica, serviços especializados e redes de apoio social, garantindo acompanhamento qualificado e redução das barreiras que dificultam a adesão às medidas de prevenção e tratamento”, afirma a Sesab.