
O barulho inesperado da sirene no celular, na tarde deste sábado (14), pegou milhares de baianos de surpresa. O alerta da Defesa Civil faz parte de um teste do novo sistema nacional de prevenção a desastres, que promete avisar a população com antecedência sobre riscos como enchentes, deslizamentos e tempestades severas.

Embora tenha sido um teste e não se referiu a uma situação específica, a ação, coordenada pela Defesa Civil Nacional em parceria com os estados e municípios, acendeu um alerta não só no aparelho, mas também na percepção dos moradores: afinal, quais são as regiões da Bahia mais vulneráveis a esse tipo de ameaça?
Onde está mais vulnevável a desastres naturais?
Recentemente, as chuvas vem sendo um grande problema para o estado. De acordo com a Superintendência de Proteção e Defesa Civil da Bahia (Sudec), o estado possui dezenas de municípios classificados como áreas de risco, principalmente durante o período de chuvas fortes. Salvador, por exemplo, concentra grande número de comunidades localizadas em encostas suscetíveis a deslizamentos.
Justamente a capital baiana enfrentou, durante a semana, tempo nublado e chuva. No domingo, 15, a previsão se repete com mínima de 22°C e máxima de 27°C.
Conforme a Defesa Civil de Salvador (Codesal), até às 15h30 deste sábado, as localidades de Centro/Brotas e Liberdade haviam registrado uma ameaça de deslizamento cada. Já no Cabula/Tancredo Neves houve um desabamento parcial. A capital baiana registrou neste período 13 ocorrências.
Na última quinta-feira (12) o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta de perigo para 10 cidades do extremo sul da Bahia, incluindo Porto Seguro e Prado, por conta do acumulado de chuvas. O aviso foi válido até a quinta-feira, devido a previsão de até 50 mm de chuva por dia nessas regiões.
As cidades incluídas no alerta foram: Alcobaça, Belmonte, Canavieiras, Caravelas, Itabela, Mucuri, Nova Viçosa, Porto Seguro, Prado e Santa Cruz Cabrália.
No início do mês, o Governo Lula publicou decreto no Diário Oficial da União (DOU) que autoriza a transferência de recursos à Prefeitura de Santo Amaro no valor de R$ 880 mil, para a execução de ações para a reconstrução do município.
A cidade localizada no Recôncavo baiano sofreu graves consequências da chuva que caiu no início de maio, que fez o Estado decretar Situação de Emergência para diversos municípios. Em poucas horas, foram registrados mais de 300 milímetros de água, o que resultou na cheia do Rio Subaé. Mais de 350 famílias foram atingidas e cerca de 100 ficaram desabrigadas.
Oeste e Norte da Bahia enfrentam baixa umidade
Enquanto o sul do estado lida com a chuva, o oeste e o norte da Bahia estão sob alerta de baixa umidade. O Inmet incluiu 151 municípios na lista de áreas com umidade relativa do ar entre 20% e 30%, o que está abaixo do nível recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que varia entre 40% e 70%.
Entre as cidades afetadas pela baixa umidade estão Barreiras, Luís Eduardo Magalhães, Irecê, Bom Jesus da Lapa, Brumado e Vitória da Conquista, entre outras. Embora o risco de incêndios florestais seja considerado baixo, a Defesa Civil orienta a população a adotar cuidados básicos, como:
Ingerir bastante líquido;Evitar atividades físicas intensas nas horas mais quentes; e Reduzir a exposição ao sol.