O Conselho Estadual de Saúde (CES) realizou, nessa segunda-feira (27), a sua 300ª Reunião Ordinária. As pautas do encontro foram a “Saúde da População Negra e o Combate ao Racismo Institucional no Estado da Bahia” e “Panoramas da COVID no Estado da Bahia”.
O encontro aconteceu no auditório da Escola de Saúde Pública da Bahia (ESPBA), durante a tarde de ontem, e foi aberto ao público. O presidente do CES, Marcos Santos, explicou que “o propósito da reunião é trazer uma avaliação da política estadual de saúde”.
De acordo com Marcos, a escolha do tema tem sempre relação com o que está sendo pautado. “Estamos em novembro, mês da consciência negra, precisamos fazer uma reflexão sobre as vivências dessa população na saúde”, disse. “No que se refere à covid-19, houve uma crescente nos últimos meses, então precisamos nos atualizar para o caso de serem necessárias novas medidas sanitárias.
De acordo com o presidente, é importante, por exemplo, avaliar quantas pessoas negras se vacinaram contra a covid-19, mas esse dado não está disponível nos sistemas de informação de saúde.
O encontro reúne conselheiros, representantes de organizações de saúde e classe trabalhadora e também a população em geral, participação que Marcos considera de suma importância para o debate.
“Estamos fazendo algo que tem impacto na vida do cidadão. Não podemos discutir a saúde do estado se não envolvermos aqueles que serão beneficiados por essa política”, disse.
O Conselho
A reunião da tarde de ontem foi um marco importante, foi a de número 300. “Obrigatoriamente nos reunimos uma vez ao mês. Chegamos a esse número que representa o trabalho e o funcionamento do conselho, que está vivo e cumprindo o seu papel”, explicou Marcos. O papel do Conselho Estadual de Saúde é acompanhar, avaliar e deliberar os caminhos da saúde no estado.
“Não existe sistema público de saúde sem um conselho de saúde, porque esse é um órgão que funciona como um espaço de debate, diálogo, construção. É um espaço de participação ampliado com vários segmentos e interesses diversos para discutir a política de saúde”, disse.