Depois do jardim de chuva, projeto sustentável situado no Itaigara, Salvador ganhou uma nova obra pensada em solucionar problemas ambientais. Com inauguração nesta sexta-feira (21), a Rua da Poesia, em Itapuã, recebeu a primeira "biovaleta" da cidade.
A biovaleta tem como objetivo fazer uma drenagem sustentável. Na prática, ela filtra a água a partir de uma mistura feita com areia, terra, britas e plantas adaptadas tanto para o tempo chuvoso como o período sem chuvas, como cavalinhas, orelha-de-elefante, antúrio roxo, alpina rosa vermelha, biri e guaimbê.
“Esse projeto da orla do Farol de Itapuã foi elaborado com a participação de moradores que defendem as questões ambientais. Essa solução apresentada pelos moradores representa o caminho das águas”, contou a presidente da FMLF, Tânia Scofield.
O projeto para a construção da biovaleta foi criado pela Fundação Mário Leal Ferreira (FMLF) e a obra ficou por conta da Superintendência de Obras Públicas de Salvador (Sucop), vinculada à Secretaria Municipal de Infraestrutura e Obras Públicas (Seinfra). A ação também é fruto de uma parceria com a Secretaria Municipal de Sustentabilidade, Resiliência, Bem-estar e Proteção Animal (Secis).
Para Ivan Euler, secretário da Secis, as soluções baseadas na própria natureza ajudam a evitar alagamentos e diminuir a poluição na cidade. "Com o jardim de chuva plantado no ano passado, conseguimos canalizar a água para uma bacia que filtra e retém a água antes de devolvê-la à rede de drenagem. No caso específico daqui, já havia uma declividade natural, então a água da chuva ia direto para a praia, o que facilitou a implementação. Se fizermos mais jardins de chuva e biovaletas em áreas propensas a alagamentos, poderemos diminuir ou até evitar esse problema nas ruas", afirmou.
Vale ressaltar que biovaleta está fazendo parte de uma lei enviada pela Prefeitura à Câmara no mês passado. O documento estabelece diretrizes para que novas obras públicas de Salvador façam a inclusão de soluções baseadas na natureza.
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