
As praias de Salvador, conhecidas por suas águas convidativas, também escondem perigos que podem ser fatais. Em apenas uma semana de setembro, três pessoas perderam a vida por afogamento, acendendo o sinal de alerta sobre o banho de mar.
O tenente Kleber Rocha, do 13º Batalhão Marítimo do Corpo de Bombeiros Militar da Bahia, detalha quais são as principais dicas de segurança para quem deseja entrar no mar e como agir em caso de afogamento.
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Correntes de retorno

De início, o guarda-vidas pontuou que as correntes de retorno são responsáveis por cerca de 80% das ocorrências de afogamento no litoral baiano. O primeiro passo para a segurança é saber identificá-las.
“No local onde existem correntes de retorno, a coloração da água é um pouco mais clara, por conta da movimentação da areia. Há menos presença de ondulações naquela região e, visivelmente, pode ser um pouco mais difícil de enxergar o retorno da água em direção ao mar”, explicou ao Portal MASSA!.
Manter a calma é essencial
Para a própria vítima, a recomendação principal é manter a calma e aplicar a técnica correta para escapar das correntes de retorno. “Caso se encontre uma corrente de retorno, nade para o lado. Essa é a recomendação que muita gente ainda não conhece. Quando se tenta nadar contra a corrente, o problema só se agrava. A solução, caso a pessoa saiba nadar, é nadar lateralmente até sair da corrente e conseguir retornar à areia”, orientou o guarda-vidas.
Como agir ao presenciar um afogamento

O tenente orienta que, em caso de afogamento, o primeiro passo é ligar imediatamente para os serviços de emergência, como os bombeiros, o SAMU ou o Salvamar.
Salvar sem se tornar mais uma vítima

Em situações de emergência, o tenente Kleber Rocha adverte contra o impulso de entrar na água para salvar alguém sem preparo adequado. “O primeiro passo é: caso você não tenha segurança ou habilidade para realizar o salvamento, não se envolva. Não entre para ser mais uma vítima. Caso contrário, corremos o risco de ter mais trabalho e mais perdas do que haveria inicialmente”, afirmou.
Ele também orienta que, depois de acionar os serviços de emergência, se for possível, a pessoa utilize uma boia ou qualquer objeto flutuante e o projete com uma corda para oferecer sustentação a quem está se afogando, mas sem jamais se expor ao perigo.
Finais de tarde são barril

Por fim, o tenente Rocha alerta que os finais de semana e, principalmente, o final da tarde, são os períodos mais críticos, quando as pessoas costumam estar cansadas, desidratadas e, muitas vezes, sob efeito de álcool. “A mistura do álcool com a entrada no mar é perigosa. Após comer, também não é indicado entrar na água, por conta de possíveis problemas adversos que podem levar ao afogamento”, alertou.