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Manifestação - 02/08/2024, 15:52 - Carla Melo e Felipe Sena | Portal A TARDE

Rodoviários da OT Trans protestam no Iguatemi por falta de pagamento

Trabalhadores dizem estar sem receber há mais de três anos após a transferência de empresa

Movimentação dos trabalhadores segue até o Iguatemi
Movimentação dos trabalhadores segue até o Iguatemi |  Foto: Raphael Muller / Ag. A TARDE

Rodoviários da OT Trans, que era uma empresa da Concessionária Salvador Norte (CSN), reivindicaram nesta sexta-feira (2), na Rótula do Abacaxi, o pagamento da rescisão dos funcionários que foram transferidos da CNS e a demora e a morosidade na concretização da venda do terreno Pirajá I - cobranças antigas dos trabalhadores. A movimentação dos trabalhadores segue até o Iguatemi.

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Em 2020, a prefeitura de Salvador decretou a intervenção da CSN, após ser informada pelo Sindicato dos Rodoviários de que a empresa havia descumprido o acordo coletivo assinado com a categoria, e atrasar constantemente o adiantamento salarial e o tíquete alimentação. Em março de 2021, a empresa teve o contrato rescindido pela prefeitura após uma auditoria apontar diversas irregularidades na gestão do contrato. Desde então, alguns funcionários que não receberam suas verbas rescisórias fazem manifestação cobrando ação da empresa e da prefeitura.

O presidente do Sindicato dos Rodoviários no Estado da Bahia, Fábio Primo afirmou que praticamente 95% dos rodoviários que foram demitidos com a falência da CNS (linha azul), já receberam a recisão, mas que “os rodoviários que foram transferidos para a Plataforma (linha amarela) e OT Trans (linha verde), não receberam, mesmo com reivindicação que vem sendo feita há muito tempo”.

Para o vereador Tiago Ferreira (PT), a venda do terreno em Pirajá seria a virada de chave para o pagamento da rescisão dos funcionário. “Nosso objetivo é chamar a atenção da cidade e do prefeito, que nos prometeu na mesa que ajudaria a resolver a situação e até hoje, mais de dois anos, a categoria espera. Temos trabalhadores que estão há mais de 22 anos sem receber. Claro que tem algumas coisas que dependem do poder judiciário mas a gente sabe também da influência do gestor na agilidade de destravar a venda desses terrenos, dois ou três que estão em curso para que a gente para adjudicar um outro que está em São Cristóvão, para conseguirmos empréstimo e pagar os trabalhadores”, destacou.

Manifestação realizada nesta sexta-feira (2) na capital baiana
Manifestação realizada nesta sexta-feira (2) na capital baiana | Foto: Raphael Muller / Ag. A TARDE

Caso o problema não seja resolvido e não haja previsão para que o trâmite da venda do terreno de Pirajá seja iniciado, o diretor do sindicato dos rodoviários, Luis Alberto de Lima, 54, explica que a categoria ainda continuará lutando.

“Não temos uma previsão de quando tudo vai se resolver porque esse terreno que estamos pleiteando a celeridade da venda, não contempla o resto do pessoal que está fora. Já foi conversado, já foi acordado, que será de uma forma parcial. E com a venda das outras unidades que também estão no processo, é que vai dar continuidade ao pagamento dos passivos trabalhistas. E, de primeiro momento, o foco é destravar a venda do terreno de Pirajá. Não tem, não tem condição de pagar de uma forma integral, mas como outras unidades de que é passível de venda também, é que vai dar continuidade e sanar toda essa dívida”, indicou ele.

Para Roque Luis, funcionário da OT Trans, a demora traz angústia para os trabalhadores que estão aguardando há anos o pagamento da rescisão. “Antigamente eu era da BTU, fiquei 22 anos, depois passei para a CSN, e hoje estou na OT Trans, que não entra em nosso movimento. Nós estamos só esperando, igual a mulher grávida de nove meses. A gente só tem que esperar, tem o sindicato que está apoiando, mas a gente tem que esperar, não podemos ouvir mais nada. Pegamos uma garantia que estava lá, mas a rescisão nenhum de nós recebeu”, disse o trabalhador.

O atraso também é motivo de preocupação para Pablo Lima, 34, que afirma que o valor faz falta no dia a dia com a família. “Eu fazia parte dos funcionários que foram readmitidos pela Plataforma, porém não receberam as verbas rescisórias. Já tem três anos. É uma coisa chata para todos nós trabalhadores, porque deixamos famílias e filhos em casa para dar o suor, derramar o suor, para uma empresa que não reconheceu seus funcionários”, completou.

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