Era para ser mais um dia de tratamento médico para os pacientes do Hospital Infantil Obras Sociais Irmã Dulce, em Salvador, mas o projeto Laboratório Encantado, por meio de atividades como espetáculo teatral, música e oficinas de criação, proporcionou, na segunda-feira (2), para centenas de crianças, um momento de descontração, interação e conhecimentos. A ação na unidade médica será realizada até esta sexta-feira (6).
A iniciativa, realizada pela Mina Cultural (instituição que atua com o desenvolvimento de projetos), leva para hospitais com alas pediátricas e atendimento ambulatorial ações que agregam educação, humor, lazer e outras alternativas que possam contribuir com o bem-estar dessas crianças. Quem explica mais sobre a proposta é Maysa Lepique, gestora de projetos da instituição.
"Ele consiste em passar uma semana num hospital infantil ou que tenha um atendimento para crianças e, durante esse período a gente apresenta um espetáculo de teatro e realiza, diariamente, oficinas culturais falando sobre ciência com as crianças. Então, o tema do projeto é ciência. A ideia é brincar com as crianças, tratar desse assunto de uma forma lúdica, poética, envolvendo elas nesse ambiente por meio do espetáculo de teatro e, também, dessas oficinas", declarou a Maysa.
As crianças recebem, também, um kit com desenhos para colorir, lápis de cor e outros. O Hospital Infantil Obras Sociais Irmã Dulce é a segunda unidade médica pública da Bahia a receber o Laboratório Encantado, iniciativa que percorre todos os estados do Brasil com a mesma finalidade. Feira de Santana foi a primeira cidade da BA a ser beneficiada com essa ação, em 2023.
Ao Massa!, a líder do Hospital da Criança, Malu Marques, comentou sobre o sentimento de saber que a instituição Osid foi uma das unidades escolhidas para receber o projeto. "É um privilégio porque mostra que as pessoas acreditam no trabalho que a gente faz. Isso valoriza, não só a questão dos pacientes, mas as equipes que trabalham neste hospital. Então, isso é uma forma de divulgar, também, o que as obras fazem em prol dos pacientes. Esse trabalho de humanização é importante. São crianças que sofrem muito no processo e que saem de todo um contexto, vêm para um mundo completamente diferente. E esses trabalhos fazem com que a criança possa viajar, criar uma imaginação, criar um mundo para elas e fazer de uma forma que seja mais suave todo o processo. Sermos escolhidos mostra que nós estamos no caminho certo, que as pessoas estão valorizando e que a humanização é sempre bem-vinda", declarou Malu.
Arlene de Oliveira Santos é mãe de um garotinho de 7 anos, que realiza tratamento no Hospital Osid. Para ela, a ação interativa ajudou seu filho a socializar com outras crianças que estão hospitalizadas. "Foi uma surpresa quando cheguei e encontrei esse pessoal. Estou gostando muito porque ele [o filho] é muito calado, mas hoje, com essas brincadeiras, ele está interagindo", pontuou.