Professores e estudantes de escolas municipais de Salvador vão embarcar, até o mês de dezembro, numa viagem enriquecedora com destino a espaços históricos da capital baiana. A iniciativa faz parte do Circuito #Reconectar que, desde 2018, realiza atividades de educação patrimonial sobre preservação de monumentos históricos e da memória da cidade.
Nesta quinta-feira (14), um grupo de 26 professores de diferentes instituições da rede municipal participou da ação coordenada pela Fundação Gregório de Mattos (FGM), em parceria com a Secretaria Municipal de Educação (SMED). O passeio teve início na Praça Castro Alves, no Centro de Salvador, seguindo para o Memorial 2 de Julho, localizado no bairro da Lapinha, percorrendo, também, outros pontos da cidade como Barra, Campo Grande e Pelourinho.
"Esse ano já é uma nova proposta dentro do projeto geral que envolve história, cultura, patrimônio, educação patrimonial, arte para os nossos alunos. E nesse finalzinho de ano a gente está fazendo esse piloto de modo que os alunos de cada escola conheçam todos os circuitos. Então estamos reformulando e deixando ele mais intenso, trazendo um momento de encontro para que os professores vivam e levem esse material para os seus conteúdos de aula. Esse encontro também é material pedagógico" , explicou Fernanda Cerqueira supervisora da Gerência de Inclusão e Diversidade da SMED.
Um percurso semelhante será feito entre os dias 18 de novembro e 03 de dezembro com alunos de quatro escolas. Na oportunidade, eles visitarão e conhecerão de perto a história de equipamentos e monumentos como Vila Primitiva (Forte São Diogo ao Cristo da Barra), Centro Histórico (Praça da Sé a Praça Castro Alves), Cidade Moderna (Praça Castro Alves ao Campo Grande), Reconectar: Circuito 2 de Julho (Lapinha).
A professora de artes e cultura baiana, Adil Araújo, fez questão de pontuar que o projeto Circuito #Reconectar não se limita apenas aos passeios, "Mostraremos para os nossos alunos que não é só um passeio para ver pontos turísticos de Salvador, mas sim, para beber desse conhecimento da nossa história e, sobretudo, passar pela nossa identidade, porque muitos deles não têm nem ideia do quão rico é a nossa identidade, nossa cultura. Eu estou na rede municipal de ensinho há 17 anos, e posso dizer que 90% dos alunos são negros", pontuou.