O Projeto cultural Cores do Amanhã, iniciativa que utiliza o grafite como expressão, culmina hoje as ações desenvolvidas nos Colégios Estaduais Santa Rita de Cássia e Nelson de Barros. Na manhã de ontem, alunos do Nelson de Barros, grafitaram a parede em frente à escola como parte da ação mobilizadora, além de receberem um workshop sobre a arte. Hoje os alunos do Santa Rita de Cássia participam da mesma ação. O Projeto é coordenado pela Horizonte Educação e Comunicação.
O tema da atividade desenvolvida com as escolas é “Respeito às Diferenças”. As imagens grafitadas foram escolhidas no mês de agosto em uma votação popular online. Os alunos foram incentivados a desenhar ilustrações que retratassem suas visões sobre a temática. De acordo com a assessoria do evento, foram 22 desenhos inscritos e mais de 17.000 votos. Os desenhos eleitos foram das alunas Beatriz da Silva Machado e Iriane Mirele Iris de Jesus Oliveira.
O “Dia do Grafite” foi programado pela equipe para oferecer aos alunos um workshop sobre a história e técnicas do grafite. A atividade conta com a direção do grafiteiro local Bigod, que também foi designado para fazer os grafites baseado nos desenhos escolhidos pelas escolas e comunidade do entorno.
De acordo com Allan de Amorim, coordenador de projeto da Horizonte, os alunos aprenderam técnicas do grafite, e a manipular todas as ferramentas necessárias para a produção da arte. “O grafite também é realizado pelos alunos de cada escola, seguindo as orientações do grafiteiro e a inspiração do autor da arte vencedora”, destaca.
Beatriz, aluna do Colégio Nelson Barros, afirma que foi gratificante participar da atividade. “Foi muito divertido aqui, provavelmente não vai sair da minha mente por muitos anos da minha vida, foi uma experiência única pra mim e pra todos que participaram”, declara.
De acordo com Allan, além de estimular a reflexão sobre um tema relevante para a sociedade, a iniciativa tem ainda dois importantes atributos: a liberdade criativa e o pertencimento. “O primeiro com as ilustrações individuais, e o segundo com a experiência coletiva de grafitar o muro da sua própria instituição, um presente em forma de arte para a sua comunidade”, afirma.
A ação está presente em outras 10 cidades do país. Allan acredita que o tema inspira reflexão nos alunos e professores. “Com base no estudo dos temas alimentação saudável, respeito às diferenças e biodiversidade, este projeto também garante o acesso à diferentes formas de arte e expressão, por meio então da pintura coletiva de grafite nos muros das escolas públicas”, explica.
Ele revela ainda que o objetivo também é incentivar ações que promovam a gentileza à toda a comunidade do entorno escolar. “Acreditamos que a escola pode ser uma grande protagonista para diminuir drasticamente o desrespeito àqueles (indevidamente) considerados diferentes”, completa. No início do projeto, também foi ofertado aos professores uma oficina sobre diversidade, igualdade, necessidades especiais, bullying e questões raciais e de gênero, para que esse conhecimento fosse transmitido aos alunos.
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