Faltando apenas 14 dias para a aplicação do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) - que será realizado no dia 18 de agosto -, é normal que o candidato esteja na fase de revisão, principalmente para a produção da redação, que é um dos recursos que exigirá ainda mais atenção dos concurseiros.
Nessa fase dos estudos, o professor de redação Luis Alberto explica que é importante se atentar aos temas que são discutidos pelas bancas responsáveis pelo certame, que neste caso é a Fundação Cesgranrio, e cita possíveis temas que podem cair na redação do concurso.
Confira:
Inteligência Artificial (IA)
Tema constantemente presente nas discussões sobre aplicação e regulamentação, a Inteligência Artificial também poderá ser o foco da redação do certame. Para Alberto, caso a IA seja o tema escolhido, duas vertentes podem ser usadas pelos candidatos para fortalecer o argumento da redação: A intensidade da divulgação das Fake News e o Cyberbullying.
Leia mais: Adolescente morre após caminhão em que ela estava cair em
“No Brasil está em andamento a chamada Lei da Fake News para que haja um controle maior sobre esse tema adjacente que é a Inteligência Artificial. Uma outra situação é o chamado Cyberbullying, que já existia, mas que pode ser fortalecido pela IA com a criação de imagens montadas e falsas”, diz o professor.
Desastres Ambientais e Climáticos
No início do ano, o Rio Grande do Sul foi atingido por fortes chuvas que deixaram rastros irreparáveis no estado, e resultaram na morte de centenas de gaúchos, milhares de desabrigados e na principal fonte da economia brasileira destruída.
“É quase que inevitável o candidato não atribuir os problemas de desastres ambientais à falta de compromisso e a negligência dos poderes públicos, omissão estatal e descaso dos governantes no caso da tragédia no Rio Grande do Sul”, complementa o professor.
Saúde Mental
Também altamente debatido nos últimos anos, o cuidado com a saúde mental pode ser um tema certeiro na redação do CNU. O professor Luis Alberto explica que novamente a participação dos órgãos públicos pode ser um forte argumento para defender no texto, e aconselha a usar e abusar de recursos legislativos nesse momento.
“O candidato pode se apegar tranquilamente a uma espécie de repertório Coringa ligado a legislação, principalmente a respeito da Constituição Federativa de 88. No artigo 1º trata sobre a dignidade humana, e quando a pessoa não é compreendida em sua saúde mental ela se sente menor e só potencializa o problema".
"O candidato também pode usar o artigo 5º, que diz que todos são iguais perante a lei sem distinção de qualquer natureza, entretanto, pessoas que têm saúde mental são discriminadas. Cabe ao governo entender e saber lidar com isso e a sociedade entender e respeitar as pessoas que porventura passam por alguma alteração de saúde mental”, continua ele.
Mobilidade Urbana
Os desafios da mobilidade urbana foi uma temática usada na redação do concurso público da Caixa Econômica Federal, em maio de 2024, e que também pode ter uma aprovação no CNU, segundo sugere Alberto. Para ele, essa é uma temática preocupante e que exige aos órgãos públicos ações para frear o cenário estrutural das grandes cidades.
“Nós temos cada vez mais pessoas adquirindo veículos e isso acaba causando o congestionamento e outros constantes problemas nas suburbanas. Os governantes estão tentando criar viadutos, criar novas possibilidades e realizar campanhas para as pessoas usarem bicicletas. Aqui em Salvador, por exemplo, tem muito lugar com área para andar de bicicleta, ciclovia. Além disso, uma ótima ideia é o BRT. Então, os governantes, de uma forma ou de outra, estão tentando conseguir alternativas para as pessoas”, diz o profissional.