Os rodoviários que atuam na capital baiana estão em estado de greve há uma semana e hoje (19) e fazem a segunda reunião com o patronal na Superintendência Regional do Trabalho. Será definido se paralisam ou não as atividades por tempo indeterminado. Ainda assim, a prefeitura não tem um 'plano b' que evite a suspensão total do transporte público de Salvador.
Ao Portal Massa! a Secretaria de Mobilidade informou que ainda não tem um plano definido e que a pasta trabalha com algumas possibilidades, mas só poderá definir algo após a reunião dos rodoviários. Em entrevista recente, o gestor da pasta, Fabrizzio Muller, botou o molho que azedou ainda mais o caldo. O secretário afirmou que a função de cobrador é "obsoleta".
"Cobrador é uma função obsoleta para aquele trabalho que é feito hoje. O recebimento em dinheiro dos ônibus talvez não chegue nem ao salário do cobrador. Hoje, existe um processo de revisão tarifária e estão sendo feitos estudos para redução de despesas para que a tarifa seja reduzida", disse o secretário, que afirmou ainda não ter como saber se haverá greve, de fato, ou não.
A manutenção de cerca de cinco mil postos de trabalho nesta função é uma das exigências da categoria para suspender o estado de greve. A compensação das horas extras trabalhadas e os aumentos de 10% no salário e no vale alimentação também.
Responsável pelo sistema metroviário da capital baiana, a CCR Metrô Bahia afirmou que em caso de greve dos rodoviários "o atendimento continua o mesmo de sempre, de 05h à meia-noite, de segunda a segunda, e tendo aumento de demanda, novos trens são inseridos na operação das duas linhas".
Até o fechamento dessa matéria o Governo do Estado ainda não havia metido o bedelho na celeuma entre prefeitura e rodoviários. Nem respondido à solicitação do Massa! sobre uma potencial ajuda à gestão municipal caso a greve seja iniciada.