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Qual foi aí? - 14/12/2022, 09:09 - Stella Ribeiro*

Prefeitura investigada infiltração e rachaduras na Estação da Lapa

Semob disse que analisa as causas para o aparecimento de uma fissura no Terminal

A fissura ocupa metade de uma das pistas do subsolo do terminal
A fissura ocupa metade de uma das pistas do subsolo do terminal |  Foto: Jefferson Peixoto/Secom

Após investigações iniciais, a Secretaria Municipal de Mobilidade (Semob) informou que uma das causas possíveis para o aparecimento de uma cratera no Terminal da Lapa seria uma “fuga de material do solo”. A fissura apareceu no subsolo da estação de ônibus, na segunda-feira (12), e provocou modificações no acesso dos passageiros nos pontos de embarque.

O arquiteto e urbanista Carl Von Hauenschild explica que uma fuga de material ocorre quando o solo é encharcado, e acaba sendo lavado pela água, e assim os minerais que dão sustentação ao solo se dispersam.

“A fuga de material, geralmente, ocorre em decorrência de vazamentos de tubos de drenagem, o que é normal de acontecer em época de muitas chuvas. Então, quando a água vaza, ela se infiltra no solo, fazendo-o perder resistência. Assim, as crateras se abrem”.

A fissura ocupa metade de uma das pistas do subsolo do terminal, onde ficavam os pontos de embarque de seis linhas de ônibus. Desde segunda-feira, os coletivos dessas linhas pararam de circular pelo local e foram remanejados temporariamente para plataformas no andar térreo da estação.

As linhas que tiveram seus pontos de embarque alterados foram 0136 – LB1 Lapa x Chame Chame; 0137 – LB2 Lapa x Barra Avenida; e 0903 – Lapa x Boca do Rio, que originalmente ficam na plataforma F, foram remanejadas para a plataforma A, no térreo. Já as linhas 0138 – Lapa x Garibaldi / Ondina; 0138-01 – Lapa x Vale do Canela; 0140 – Lapa x Rio Vermelho (Cardeal da Silva); e 0140-01 – Lapa x Federação / HGE foram transferidas para a plataforma C, também no térreo.

Segundo a Semob, os agentes representantes das concessionárias de ônibus e funcionários da estação estão circulando pelo terminal a fim de informar a população sobre as mudanças ocorridas. A Semob também afirmou que foram instalados banners na saída do metrô avisando onde as linhas foram alocadas, assim como sinalização para indicar o local correto de parada das linhas.

Investigação

“Eu já sabia da mudança das estações de embarque, mas eu não sabia em que lugar o ônibus iria estar. Quando eu cheguei na Lapa havia uma funcionária avisando os locais, mas ainda assim ficou um pouco confuso”, disse a estudante Eliomara Silva.

Usuária de uma das linhas de ônibus remanejadas, ela contou que notou outras pessoas com a mesma dificuldade.

De acordo com Carl Von Hauenschild, existem algumas maneiras de se resolver o problema.

“Primeiro é preciso ter um diagnóstico preciso da causa da cratera. Após isso, geralmente, é feito um teste de concreto e de compactação do subsolo, e em seguida, é realizada a identificação de onde passa a água da chuva e onde estão localizados os tubos de drenagem”, afirma.

A partir dessas análises é possível identificar se houve algum rompimento de canos e averiguar se as caixas de drenagem estão funcionando corretamente.

No entanto, a Semob informou que ainda não sabe o que causou a fuga de material e ainda aguarda a avaliação técnica que vem sendo realizada no local. Questionados sobre a conclusão da obra e normalização do serviço na estação, a secretaria comunicou que ainda não há um prazo para o retorno à normalidade.

*Sob a supervisão da jornalista Hilcélia Falcão

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