
Os professores da rede municipal de ensino de Feira de Santana, município distante cerca de 100 quilômetros de Salvador, decidiram, nesta terça-feira (27), entrar em estado de greve. De acordo com a categoria, o prefeito Colbert Martins tem dado uma de desentendido e não atende aos pedidos.
Em entrevista para o Portal Massa!, a professora Marlede Oliveira, presidente da Associação dos Professores Licenciados do Brasil (APLB) de Feira de Santana, informou que, dia 8 de março, haverá uma paralisação geral e os professores não irão para a sala de aula. Neste mesmo dia, caso não haja um acordo com o poder público, até lá, os profissionais decidirão se entram em greve.
Segundo a presidente, de dezembro do ano passado até este mês de fevereiro, foram enviados três ofícios para a Secretaria de Educação do município e, consequentemente, para o gabinete do prefeito, mas a APLB não recebeu resposta para nenhum deles. "A secretária de Educação, Anaci Paim, diz que tem pontos no ofício que é de competência do gabinete do prefeito e Secretaria de Administração e os encaminha para lá. O prefeito enrola e nunca sentamos para discutirmos nossos pedidos. Ele não nos ouve", disse Marlede Oliveira.
O que pedem os professores
A pauta de exigências dos professores da rede municipal de ensino de Feira de Santana inclui os seguintes pedidos: reajuste do piso salarial para ativos e aposentados; pagamento dos Precatórios do Fundef; reformulação do Plano de Carreira; reserva de carga horária dos professores do REDA; cumprimento da decisão judicial para as alterações de carga horária; devolução dos salários cortados na pandemia; mudança de referência, além da discussão sobre a privatização da merenda escolar e melhores condições nas escolas.
Sobre o reajuste salarial, uma das principais reivindicações, a presidente da APLB explica que "em 2022, o piso salarial foi de 33,23% e o prefeito deu apenas 5%. Em 2023, o reajuste do piso seria de 14,95% e ele não deu reajuste. Agora, em 2024, o reajuste é 3,24% e, até o momento, não tivemos nenhuma resposta".
De acordo com Marlede Oliveira, a rede municipal de ensino de Feira de Santana possui 2.300 professores que atendem a 55 mil estudantes. Ainda segundo a professora, as aulas que deixam de ser ministradas nas paralisações ou eventual greve são repostas pelos profissionais.
Com a palavra...
A Secretaria de Educação de Feira de Santana foi procurada pela reportagem do Portal Massa!, através da assessoria de comunicação da pasta, e aguardou por uma resposta até a publicação desta matéria. Como nenhum posicionamento foi enviado, até o momento, o espaço segue aberto para manifestação.
