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Virando mania - 25/11/2023, 06:40 - Amanda Souza

Pole Dance: modalidade desafia resistência e os preconceitos

Somando dança e exercício, pole está crescendo como um esporte empoderador

Somando dança e exercício, pole está crescendo como um esporte empoderador
Somando dança e exercício, pole está crescendo como um esporte empoderador |  Foto: Raphael Muller / Ag. A TARDE

Numa sociedade que constantemente redefine padrões e desafia estigmas, o pole dance emerge como uma expressão poderosa de força, graça e superação dos limites do próprio corpo. Longe dos estigmas e preconceitos, homens e mulheres desafiam a gravidade, construindo força e confiança usando da barra como uma forma de expressão.

Longe de ser apenas uma atividade sedutora, o pole dance está ascendendo como um esporte que inspira, desafia e empodera seus praticantes. Por muito tempo essa foi uma atividade que esteve atrelada à sensualidade e ao erotismo, no entanto, muitas pessoas têm enxergado o pole como uma maneira de exercitar o corpo e deixar o sedentarismo de lado.

Lorena Albergaria é instrutora de pole dance no estúdio Rianei Varjão. Ela explica que não há limitações para entrar nesse universo. “É um exercício para o corpo inteiro. Uma calistenia, já que você carrega o próprio peso. Muitas pessoas buscam as aulas para fugir do comum, da academia, apenas para se exercitar”, destaca. “Não importa se é homem, mulher, gordo, magro, idoso, criança. É pra todo mundo”, completa.

Imagem ilustrativa da imagem Pole Dance: modalidade desafia resistência e os preconceitos
Foto: Raphael Muller / Ag. A TARDE

Além do físico, tem ainda uma questão mental, ligada ao respeito à própria imagem. Foi por isso que a aluna Jéssica Barreto buscou as aulas. “Eu queria uma atividade para perder a timidez, gostei e fiquei porque trabalha muitas outras coisas: força, flexibilidade e autoconfiança. Hoje conheço meus limites e meu condicionamento físico”, conta.

Mayara Correia também se encontrou no pole dance. Ela, que também é aluna de Lorena, conta que a prática é uma descoberta diária. “É diferente de todas as danças, tem força, tem uma sensualidade que não é imposta, que vem naturalmente. Me sinto muito mais eu, mais conectada com o meu corpo e com a minha saúde”, garante.

Para Lorena, a recuperação da autoestima é o grande diferencial do pole dance. “Muda muito a estima, a capacidade de se amar, de se encarar no espelho, se ver com a pouca roupa. As pessoas chegam com vergonha, roupas compridas, e depois de um mês já são outras pessoas, esquecem a vergonha, diminuem a roupa, são mais felizes, mais confiantes”, destaca a instrutora.

Oferta e demanda

O movimento tem crescido e rompido barreiras. Rianei Varjão, proprietário de um dos estúdios de Salvador que oferece aulas da modalidade. Ele conta que, quando decidiu abrir a turma, houve resistência. “Em Salvador tem muitos estúdios de pole dance, mas aqui na escola temos outras modalidades também e, portanto, diversos públicos. Então no começo houve uma resistência, as pessoas tinham uma visão deturpada do que é a modalidade”, pontua.

Com o passar do tempo o preconceito passou, a demanda aumentou cada vez mais e Rianei viu um propósito se cumprindo. “Quando abri a escola pensei em trazer modalidades que pudessem mudar a autoestima das pessoas, trabalhar o empoderamento”, diz. “Então trabalhamos isso na cabeça das pessoas, e hoje temos um público diverso, de 8 a 60 anos, todo tipo de corpo praticando pole dance”.

Imagem ilustrativa da imagem Pole Dance: modalidade desafia resistência e os preconceitos
Foto: Raphael Muller / Ag. A TARDE

Mudar a mentalidade das pessoas sobre o pole dance é difícil, mas é uma jornada que tem caminhado de uma maneira que anima, que aponta a instrutora Lorena.

“Hoje em dia tem muito menos estigma sobre o pole. É só voltar um pouco no tempo e lembrar que as pessoas chamavam de queijo, por exemplo. Era uma outra realidade. Claro que ainda tem algumas dificuldades, nos vídeos sempre tem um comentário do tipo ‘dança assim pra mim’, mas o que vejo hoje é esse exercício crescer cada vez mais”, garante.

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