A Petrobras encerrou processo administrativo contra o dirigente da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar, que foi aberto no final do último mês. O comitê de ética da companhia fez a ação com base em queixa de funcionários do seu alto escalão, cujos nomes não foram revelados. Bacelar foi denunciado por conta de críticas a executivos da empresa nas redes sociais.
“Informamos que foi encerrado o procedimento de apuração conduzido pela gerência executiva de integridade corporativa (INC)”, diz o comunicado da Petrobras, ressaltando que não foram identificadas não conformidades ou atribuída ao Sr. qualquer responsabilidade por eventuais não conformidades identificadas”.
Segundo Bacelar, “a conclusão da apuração da gerência executiva da Petrobras é mais uma vitória da liberdade e autonomia sindicais garantidas pela Constituição federal brasileira e convenções da OIT (Organização Internacional do Trabalho)”.
Ele informou ainda que vai manter ativo o processo administrativo que a FUP abriu junto à Petrobras para que a empresa investigue conduta antiética de funcionários de alto escalão, que vazaram informações à imprensa de um processo que, por sua natureza, deveria correr em sigilo.
“Processos de cunho administrativo são sigilosos. Causou estranheza o vazamento para a imprensa antes mesmo da notificação da parte interessada”, disse Bacelar, atribuindo ao denunciante a tentativa de intimidação contra a liberdade de manifestação e de expressão de um dirigente sindical.
Em seu entender, “a atitude de vazamento violou o código de ética da companhia e demonstrou a existência de setores informais de informação paralela na empresa, tal como era comum no governo anterior”.